Hamas diz que negociações em Doha sobre trégua em Gaza são 'sérias e positivas'
O movimento islamista palestino Hamas declarou, nesta terça-feira (17), que as negociações no Catar para alcançar um trégua na Faixa de Gaza são "sérias e positivas", um dia após uma delegação israelense chegar a Doha para se reunir com mediadores.
"O Hamas afirma que, diante das negociações sérias e positivas que ocorrem hoje em Doha, apoiadas por nossos irmãos do Catar e Egito, é possível alcançar um acordo para um cessar-fogo e uma troca de prisioneiros se a ocupação [Israel] deixar de impor novas condições", afirmou o Hamas em um comunicado, em alusão a uma eventual troca de reféns retidos pelos islamistas em Gaza por prisioneiros palestinos em Israel.
Os diálogos seguem à visita a Doha, em 11 de dezembro, de David Barnea, chefe do Mossad, serviço de inteligência israelense, afirmou, nesta segunda, uma fonte próxima das negociações. No entanto, nada indica que ele vá participar das conversas atuais.
Os negociadores "nunca estiveram tão perto de um acordo" para libertar reféns em território palestino desde a trégua de novembro de 2023, declarou, na segunda-feira, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz.
A guerra teve início com o ataque do Hamas, em 7 de outubro de 2023, no sul de Israel, que causou a morte de 1.208 pessoas, civis em sua maioria, segundo um balanço com base em dados oficiais.
Durante o ataque, membros do Hamas também sequestraram 251 pessoas e 96 delas permanecem em Gaza. Destas, pelo menos 34 morreram, segundo o exército israelense.
A campanha de represália israelense em Gaza matou mais de 45.059 palestinos, segundo dados do Ministério da Saúde deste território governado pelo Hamas, que a ONU considera confiáveis.
Em novembro de 2023, uma trégua de uma semana, a única ocorrida até agora no marco desta guerra, permitiu a libertação de 105 reféns retidos na Faixa de Gaza e de 240 palestinos presos em centros de detenção israelenses.
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