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Sindicato da Volkswagen na Alemanha diz que é preciso acordo com montadora antes do Natal

16/12/2024 09h39

Por Victoria Waldersee

HANOVER, Alemanha (Reuters) - A chefe do conselho de trabalhadores da Volkswagen na Alemanha disse que as negociações com a companhia sobre cortes de custos devem encontrar uma solução que exclua o fechamento de fábricas ou demissões em massa no país. A última rodada de negociações antes do Natal começa nesta segunda-feira.

Daniela Cavallo afirmou que é preciso chegar a um acordo que seja bom tanto para os trabalhadores quanto para a empresa, durante pronunciamento aos membros do sindicato do lado de fora do hotel onde a quinta rodada de negociações está prevista para começar. "Os trabalhadores não querem entrar no Natal com medo", disse ela.

Os sindicatos da Volkswagen ameaçam com greve em uma escala sem precedentes a partir de 2025, caso não se chegue a um acordo este ano.

"Se não chegarmos a um resultado dentro de nossas condições, tenho certeza de que os trabalhadores responderão aos apelos do sindicato para uma escalada", disse Cavallo a jornalistas.

O representante do sindicato, Sascha Dudzik, repetiu a firme oposição dos trabalhadores às demissões em massa e aos fechamentos de fábricas na Alemanha, que a montadora afirmou não poder descartar ao tentar adaptar a capacidade à demanda reduzida.

Ambas as partes estão preparadas para que as conversações durem vários dias, a menos que se torne evidente nesta segunda-feira que estão muito distantes para alcançarem um acordo este ano. Neste caso, as negociações serão interrompidas até 2025.

Na semana passada, mais de 100 mil funcionários de nove fábricas da Volkswagen na Alemanha cruzaram os braços na maior paralisação já vista na montadora, protestando contra a posição da administração de que os salários devem ser cortados e a capacidade reduzida para que a marca VW permaneça competitiva ante rivais asiáticos.

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