Envolvimento da Coreia do Norte na Ucrânia é uma "perigosa expansão" do conflito, afirmam EUA e aliados
Os Estados Unidos e 10 de seus aliados advertiram nessa segunda-feira (16) que o crescente envolvimento da Coreia do Norte na Ucrânia constitui uma "perigosa expansão" do conflito, segundo um comunicado do Departamento de Estado.
"Estamos profundamente preocupados com o apoio político, militar e econômico que a Rússia possa oferecer ao programa armamentista ilegal da Coreia do Norte, incluindo armas de destruição em massa", disseram os ministros de Relações Exteriores da Alemanha, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, França, Itália, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos, assim como a alta representante da União Europeia.
O governo da Coreia do Norte enviou milhares de tropas para reforçar as operações bélicas da Rússia, incluindo a província fronteiriça de Kursk, onde a Ucrânia informou nessa segunda-feira que seus combatentes teriam matado ou ferido pelo menos 30 desses soldados mobilizados.
"O apoio direto da RPDC [acrônimo oficial da Coreia do Norte] à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia marca uma perigosa expansão do conflito, com graves consequências para a segurança europeia e do Indopacífico", diz a nota conjunta.
Nesta segunda-feira, o Departamento do Tesouro americano anunciou sanções contra nove pessoas e sete entidades por apoiar financeira e militarmente a Coreia do Norte, incluindo os bancos Golden Triangle Bank e Korea Mandal Credit Bank.
Entre os sancionados por dar apoio militar está o general Ri Chang Ho, que acompanha as tropas norte-coreanas enviadas à Rússia.
"Estas ações refletem a crescente provocação da RPDC e sua postura militar hostil que aumenta as tenções globais e desestabiliza a paz e a segurança da região", afirmou o Departamento do Tesouro.
A Rússia fortaleceu seus laços militares com a Coreia do Norte a partir da invasão da Ucrânia iniciada em fevereiro de 2022.
Especialistas de vários países afirma que Kim Jong Un, líder governante da Coreia do Norte, tem armas nucleares e está interessado em adquirir tecnologia avançada de Moscou, além de experiência em combate para suas tropas.
Na declaração, os aliados "condenam nos termos mais veementes possíveis a crescente cooperação militar", incluindo a "mobilização de tropas da RPDC na Rússia para uso no campo de batalha contra a Ucrânia".
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