As investigações sobre o plano de golpe de Estado não se encerram com o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, destacou a colunista Carolina Brígido na edição deste domingo (15) do UOL News.
Bolsonaro foi indiciado em novembro pela Polícia Federal sob suspeita de ter participado da trama golpista em 2022 que tentou impedir a posse do presidente Lula, isso no mesmo inquérito que resultou no indiciamento de Braga Netto.
O que encerrou foi essa fase inicial de investigação da Polícia Federal. A Polícia Federal instruiu o caso para enviar para o Supremo, e o Supremo está pedindo um posicionamento da Procuradoria-Geral da República para encerrar essa fase da investigação. É importante, essa é uma fase inicial. Uma vez aberta a ação penal, ou seja, uma vez recebida a denúncia que deve ser apresentada pela Procuradoria-Geral da República, inaugura-se uma nova fase investigativa.
A investigação só termina com o julgamento final dos réus, quando eles forem ser transformados em réus, e é que isso vai acontecer. Então, acabou sim, o Bolsonaro está certo, acabou uma parte da investigação, mas aquela parte inicial da Polícia Federal.
A delação de Mauro Cid está em curso, ele segue prestando depoimento, então o entendimento do ministro Alexandre de Moraes foi justamente como essa delação ainda está. Está em curso e ele tentou obstruir, tentou obter informação sobre uma delação premiada que está sob sigilo, e isso foi considerado uma forma de obstruir a investigação. Ora, se essa delação ainda está em curso, logo essa obstrução ainda poderia influenciar na investigação atualmente.
Então, ainda tem muita investigação para acontecer. Se a investigação estivesse pronta, já teria sido decidido se os caras são culpados ou inocentes. Essa fase ainda não chegou. A previsão é que se chegue a essa fase daqui a um ano, no fim do ano que vem.
Carolina Brígido
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