O movimento de anistia perde força com a prisão do general Braga Netto e as provas da Polícia Federal no caso do planejamento de golpe, declarou Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais em entrevista ao UOL News deste sábado (14).
Eu acredito que cada vez mais esse discurso [de anistia] vai perdendo força, porque as evidências trazidas pela apuração da Polícia Federal são cada vez mais fortes, mais robustas e mostram que não foi apenas um movimento político que já seria muito grave, de ocupar a Suprema Corte, de ocupar o Congresso Nacional, tentar impedir o funcionamento do governo.
Foi além disso, foram vários atos planejados previamente entre eles, o planejamento do assassinato de um presidente eleito, do assassinato de um vice-presidente eleito, o assassinato de um ministro da Suprema Corte que nenhuma ditadura do Brasil chegou a cometer este ato, de soltar um carro-bomba no aeroporto de Brasília e de vários outros atos criminosos.
Então, eu acredito que vai perdendo força cada vez mais e cada vez mais vai se ampliando aquele movimento, que foi um momento muito importante no dia 8 de janeiro para dar uma resposta institucional à tentativa do golpe, mas sempre nesse movimento no sentido de ter apuração e punição dos responsáveis caso as evidências e as provas sejam firmes e fortes e consistentes para isso.
Alexandre Padilha
O ministro disse também que em reunião do 'Conselhão', que é o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social, vários juristas fizeram uma manifestação no Pleno, entregando um manifesto.
Todo mundo reconhece que a anistia e o ato da anistia pode ser um ato muito novo, ele pode ser um ato que busque reconciliação, mas ele não pode ser um discurso, uma prática, para impedir ou criar obstáculos no processo de apuração e investigação e devida punição de golpistas.
Então o discurso da anistia e um ato de anistia não pode servir como obstáculo para impedir a apuração e a punição desses criminosos, diz o manifesto.
Alexandre Padilha
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