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Apontado como maior sonegador de imposto de SP é alvo de operação policial

Ricardo Magro, dono da refinaria Refit Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

13/12/2024 22h25

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta sexta-feira (13) uma operação que tem como principal alvo o empresário e advogado Ricardo Magro, suspeito de envolvimento em esquemas para sonegação de impostos e lavagem de dinheiro.

O que aconteceu

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em seis endereços ligados ao empresário na capital, Guarulhos e Guarujá. A ação, intitulada Tanque Sujo, foi deflagrada pelo 10º DP (Distrito Policial) da Penha.

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Magro é apontado como um dos maiores sonegadores de impostos de São Paulo. Dono da refinaria Refit, Magro passou a ser investigado pela polícia por conta de uma dívida que ultrapassa os R$ 8 bilhões em São Paulo. A PGE (Procuradoria Geral do Estado) coloca a empresa do investigado como a maior sonegadora de ICMS do estado. Além da própria Refit, outras empresas do grupo também integram a lista de devedores.

A polícia apura, ainda, irregularidades na Fera Lubrificantes. A empresa está em nome do pai e do avô do investigado. O empresário, por sua vez, nega todas as acusações e afirma ser vítima de uma tentativa de "difamação".

A suspeita inicial da polícia que gerou a operação ocorreu após a apreensão de documentos e contratos de um posto de gasolina apontado como pertencente ao crime organizado. Entre os documentos estariam contratos com a formuladora de combustíveis que pertence ao empresário, segundo a investigação. Ainda segundo a apuração, essa mesma rede de postos teria como proprietária uma pessoa ligada a Vinicius Gritzbach, apontado como delator do PCC que acabou assassinado no aeroporto de Guarulhos no mês passado.

Em nota, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública) informou que "as diligências seguem em andamento para esclarecimento dos fatos". "A ação integra a investigação sobre branqueamento de capitais e sonegação fiscal envolvendo uma formuladora de combustíveis, que faz parte de um conglomerado composto por 188 empresas", finalizou

Empresário nega relação com crime organizado

Magro diz que está sendo vítima de um esquema de "difamação". Ao UOL, a defesa do investigado confirmou que tem pendencias tributárias com o estado, mas que busca "soluções viáveis" para a questão. A empresa ainda narra que há dívidas de precatórios do estado com o grupo.

O empresário nega envolvimento com o crime organizado. Ainda em nota, o grupo empresarial de Magro pontuou que todas as vendas realizadas ao posto investigado por ter ligação com o crime organizado foram devidamente comprovadas como legais e que desconhecia qualquer vínculo entre o proprietário da rede de postos com o delator morto. (veja nota completa abaixo)

Os eventos ocorridos nesta sexta-feira são uma aparente tentativa de difamar o grupo por meio de uma operação policial que explora um enredo desconectado da realidade. É estranho que essa campanha ocorra em meio a discussões tributárias complexas entre o grupo e o Estado de São Paulo. O grupo nunca se furtou de buscar soluções viáveis para essas questões, mas, infelizmente, nunca encontrou disposição semelhante do outro lado para alcançar um acordo. A origem da operação remonta à análise da contabilidade de uma rede de postos chamada Singular, onde foi identificado um descasamento entre pagamentos e produtos.

Essa rede de postos foi cliente do grupo, assim como de outros fornecedores do mercado. Reforçamos que todas as nossas vendas foram realizadas de forma absolutamente legal, acompanhadas de notas fiscais, que podem ser facilmente comprovadas. Contudo, a partir dessa relação comercial legítima, criou-se uma narrativa equivocada e infundada, buscando associar o grupo ao delator Vinicius Gritzbach. Tal ilação é absolutamente inverídica. O grupo desconhecia qualquer vínculo entre o proprietário da rede de postos Singular e esta pessoa, fato que também será comprovado no devido processo legal.

Seguimos confiantes de que a verdade prevalecerá e de que nossa conduta ética e transparente será reafirmada.
Defesa de Ricardo Magro, em nota

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