Mãe matou filhas gêmeas em intervalo de oito dias em SC, diz polícia
A mãe das irmãs gêmeas Manuela e Antônia Pereira, que morreram com pouco mais de uma semana de diferença em Igrejinha (SC), foi a responsável pelas mortes das filhas, afirmou a Polícia Civil.
O que aconteceu
Indícios apontam que Gisele Beatriz Dias, 42, causou as mortes das meninas, segundo o delegado Ivanir Luiz Moschen Caliari. O inquérito com mais de duas mil páginas foi concluído nessa terça-feira (10) e entregue à Justiça, que converteu a prisão da mulher em preventiva.
Laudos ainda são aguardados. Segundo a PCSC, o inquérito foi finalizado sem a conclusão dos laudos para que a prisão temporária da suspeita, que estava no fim do prazo, fosse convertida em preventiva. Mais de 400 testes foram feitos, entre eles, um para detectar se as meninas foram envenenadas.
Não há indícios de que o pai tenha participado do crime. O delegado afirmou que as duas mortes aconteceram enquanto a mãe estava a sós com as crianças e que, ao longo da investigação, não houve sinal de que ele tenha ajudado Gisele. À RBS TV, Michel Pereira, 43, afirmou que não sabia o que tinha acontecido com as filhas. "Saí para trabalhar, eu voltei, tinha uma filha morta. Eu saí pro supermercado, voltei e tinha outra filha morta", afirmou.
O UOL buscou o advogado da suspeita, que segue presa. O espaço será atualizado se houver posicionamento.
[A morte] da Manu eu tinha força. Eu peguei ela no colo, corri para o hospital, gritei, berrei, eu pedi para Deus. Já a da Antônia, não. Quando o bombeiro falou que ela estava morta, eu sentei e ali fiquei. Não tinha mais forças.
Michel Pereira, pai das meninas mortas, à RBS TV
Relembre o caso
As mortes de Manuela e Antônia aconteceram com oito dias de diferença. Segundo os Bombeiros Voluntários de Igrejinha, a primeira criança, Manuela, foi socorrida pelo pai ao hospital e a segunda foi encontrada sem sinais vitais, com lábios e dedos roxos, dentro de casa.
Conselho Tutelar não recebeu denúncia antes das mortes. Em nota, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do município informou que nenhuma denúncia sobre supostos maus tratos às crianças ou sobre a falta de atuação do conselho tutelar foi protocolada no município.