China ordena prisão de mais 2 dirigentes de futebol por suborno
A China ordenou, nesta quarta-feira (11), a prisão de dois dirigentes do alto escalão do futebol por acusações de suborno, em meio a uma dura campanha contra a corrupção no esporte local.
Liu Yi, que foi secretário-geral da Associação Chinesa de Futebol (CFA), foi sentenciado a 11 anos de prisão e a pagar uma multa de 3,6 milhões de yuanes (aproximadamente R$ 3 milhões na cotação atual) por aceitar subornos, informou um tribunal da província central de Hubei.
Outro tribunal da mesma província informou que Tan Hai, ex-chefe da comissão de arbitragem da CFA, foi condenado a seis anos e meio de prisão, com multa de 200 mil yuanes (R$ 166 mil).
"Os bens obtidos serão recuperados de acordo com a lei e entregues ao tesouro estatal", destacaram ambos os tribunais.
Na terça-feira, o ex-chefe de planejamento estratégico da CFA Qi Jun foi condenado a sete anos de prisão e a pagar multa de 600 mil yuanes (R$ 500 mil), também por suborno.
O presidente da China, Xi Jinping, lançou uma implacável campanha contra a corrupção desde que chegou ao poder, em 2013.
Os defensores de Xi afirmam que tal campanha serve para promover uma melhor governabilidade, mas seus críticos apontam que o presidente a usa para eliminar seus adversários políticos.
As autoridades anticorrupção começaram a se debruçar sobre o futebol no final de 2022 como parte de uma campanha de depuração na indústria do esporte.
O ex-presidente da CFA, Chen Xuyuan, foi condenado à prisão perpétua em março por receber subornos.
Xi é um fã declarado de futebol que quer que a China organize uma Copa do Mundo e seja campeã algum dia, apesar de a seleção do país estar longe de ser uma das mais fortes.
A China é a 90ª colocada no ranking da Fifa, uma posição acima da ilha caribenha de Curaçao.
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