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Bolsas da Europa fecham na maioria em alta, com CPI dos EUA e expectativa por corte do BCE

São Paulo

11/12/2024 13h52

As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta nesta quarta-feira, 11, impulsionadas pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que reforçou as perspectivas por cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Neste cenário, investidores aguardam ainda a decisão do Banco Central Europeu (BCE) nesta quinta-feira, quando é amplamente esperado uma redução nas taxas. Desta forma, o índice DAX renovou sua máxima histórica de fechamento em Frankfurt.

O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,32%, a 520,17 pontos.

O CPI dos EUA subiu 0,3% em novembro ante outubro e, na comparação anual, o avanço foi de 2,7% no mês passado. O resultado fortaleceu a ideia de que o BC americano fará uma flexibilização monetária, apesar de acelerar em relação ao mês anterior. De acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group, as apostas para um corte de 25 pontos-base saltaram de 86,1% para 98,1%.

O mercado aguarda também a decisão do BCE, que deve cortar as taxas básicas em 25 pontos-base na quinta-feira. Para o TD Securities, o foco nos mercados se voltará para a linguagem da presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, na coletiva de imprensa. Existe ainda a expectativa de que o BCE revise em baixa a sua previsão do PIB para 2025 e em baixa os números da inflação global de 2024/2025.

O Rabobank lembra que, nas projeções de setembro de 2024, se previa que a inflação global regressasse ao objetivo no quarto trimestre de 2025, mas é provável que isto tenha sido adiantado no último conjunto de projeções.

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, apresentou um pedido ao parlamento para realizar um voto de confiança, o precursor necessário para realizar novas eleições federais. Espera-se que Scholz perca a votação, marcada para 16 de dezembro, já que seu governo não tem mais maioria no parlamento desde que sua coalizão implodiu. Scholz deve então solicitar ao presidente que dissolva o parlamento, desencadeando novas eleições gerais.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,42%, a 20.413,53 pontos. Em Madri, o papel da Inditex recuou 6,54%, após a dona da Zara decepcionar com as vendas do terceiro trimestre, na maior queda diária da empresa desde 2022, pressionando o Ibex35, que caiu 1,43%, a 11.793,80 pontos, sendo a exceção entre os principais índices.

As ações da Pharol subiram 4,35% em Lisboa depois que a anunciou um acordo com a Oi que coloca um ponto final numa contingência fiscal de vários anos por conta de reembolsos que tem recebido do fisco e que totalizam os 26,2 milhões de euros. Na cidade, o PSI 20 avançou 0,14%, a 6.352,01 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve alta de 0,39%, a 7.423,40 pontos. Em Milão, o FTSE MIB avançou 0,60%, a 34.731,31 pontos. Fora da zona do euro, o FTSE 100 teve ganho de 0,28%, a 8.303,17 pontos.

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