Brasileiro desaparecido em Paris: nome é incluído na lista da Interpol
O nome do fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, que desapareceu em Paris, foi incluído na lista amarela da Interpol.
O que aconteceu
Yellow Notice, a Difusão Amarela, é um alerta internacional da Interpol sobre uma pessoa desaparecida. Flávio sumiu em Paris em 26 de novembro.
A Polícia Federal informou que está em contato com as autoridades francesas e acompanha o caso. "A PF pediu a inclusão do nome dele na Difusão Amarela da INTERPOL", diz a nota da corporação.
Polícia francesa fez buscas em necrotérios e hospitais, mas não achou o brasileiro. Em um primeiro momento, amigos escutaram da polícia que as investigações "não iriam além disso". Depois, as autoridades informaram que o caso foi encaminhado para o Departamento de Desaparecidos, que vai decidir se abre ou não uma investigação.
Mala foi aberta pela polícia, mas não foram encontradas pistas, apenas objetos pessoais e equipamentos de trabalho. Amigo de Flávio, Rafael Basso disse que autoridades os acolheram "muito bem" e que pertences foram inspecionados pela polícia francesa, com presença de autoridades brasileiras. Ainda segundo Basso, o celular e o computador do fotógrafo serão enviadas para o Brasil para serem periciados.
Flávio está em Paris desde o dia 1º de novembro. Ele foi até a cidade com o sócio Lucien Esteban para fazer as fotos de casamento de um casal de brasileiros. Lucien voltou ao Brasil, mas Flávio se planejou para ficar mais alguns dias de férias. Segundo o amigo, ele é apaixonado por Paris, tem muitos amigos na capital e fala francês fluentemente.
Itamaraty também acompanha o caso. "O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Paris, está em contato com as autoridades locais e presta assistência consular aos familiares do nacional".
Acidente no rio Sena e check-in para voo
Flávio deveria embarcar para o Brasil em 26 de novembro. Ele fez o check-in online na véspera da viagem, mas não entrou no avião.
No mesmo dia, a família ficou sabendo que ele se envolveu em um acidente no rio Sena, na altura do Café Les Ondes, próximo da Torre Eiffel. Testemunhas dizem que Flávio deu entrada no Hospital Georges Pompidou às 6h, sendo liberado ao meio-dia. O UOL entrou em contato com o hospital, que não quis comentar o caso por questões de privacidade médica.
Funcionários do hospital disseram a amigo que Flávio saiu bem e consciente. "E realmente, pois depois disso, Flávio foi até a agência [que alugou sua hospedagem] pessoalmente, ainda com as roupas molhadas, pedir a extensão de mais um dia de hospedagem. Em seguida, ele teria voltado para este apartamento, tomado banho e começado a arrumar a mala, mas depois disso a gente não tem mais contato nenhum", relatou Rafael Basso.
Apesar de pedir um dia extra no apartamento, Flávio deixou seus pertences no local, incluindo o passaporte. A agência ligou para um contato do brasileiro, pedindo que ele fosse retirar a mala e documentos.