Adesão de países à UE pode impulsionar PIB per capita nos próximos 15 anos, diz FMI
A adesão de novos países à União Europeia (UE) pode impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do bloco comum nos próximos anos, avalia o Fundo Monetário Internacional (FMI), em relatório divulgado nesta terça-feira, 3. Segundo cálculos da instituição, o PIB per capita europeu poderia aumentar 14% após 15 anos, se todos os 10 países com processos de adesão em andamento forem aceitos em condições similares a rodada de admissões em 2004.
O alargamento da União Europeia impulsionou o crescimento do PIB per capita em 30% nos países que aderiram ao bloco em 2004 e 10% nos membros já existentes, acima do que teria sido sem a expansão, analisa o relatório.
Para o FMI, foram as reformas e a expansão do mercado único que tornaram possível o aumento do crescimento econômico, algo que seria necessário para trazer sucesso para as novas adesões.
Atualmente, dez países estão em diferentes estágios de adesão: Albânia, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Montenegro, Macedônia do Norte, Sérvia, Geórgia, República da Moldávia, Ucrânia e Turquia.
O FMI estima que esses países precisarão ampliar esforços de reformas econômicas para encerrar a regulamentação empresarial e lacunas institucionais para aderir à UE, enquanto os membros existentes teriam que continuar a remover barreiras comerciais restantes do mercado único e promover a união do mercado de capitais para financiar crescimento das empresas.
"Esses esforços conjuntos poderiam não apenas acelerar a recuperação dentro da Europa, mas também ajudar a diminuir a lacuna de renda persistentemente grande da Europa com os EUA", observa o relatório.