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Bolsa abre em baixa e dólar sobe com ameaça de Trump aos Brics

Bolsa de valores. (Foto: Divulgação / Pixabay) -
Bolsa de valores. (Foto: Divulgação / Pixabay)
do UOL

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL

02/12/2024 10h17Atualizada em 02/12/2024 10h48

A Bolsa de Valores de São Paulo abriu nesta segunda-feira (2) em queda, e com o dólar subindo. O câmbio novamente deve ser pressionado pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaça impor tarifa de 100% aos países dos Brics caso tentem substituir o dólar como moeda de troca em suas transações comerciais.

As reações ao pacote de corte de gastos do governo também continuam pesando.

O que está acontecendo

A Bolsa de Valores de São Paulo abriu em queda de 0,30% O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, caia para 125.290 pontos.

O dólar comercial era negociado no momento em alta der 0,46%, vendido a R$ 6, 028. O turismo era vendido com valorização de 0,30%, para R$ 6,261.

Nos EUA, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou no sábado (30) impor tarifas de 100% aos países do grupo Brics, que inclui o Brasil. "Pedimos que se comprometam [...] a não criar nunca uma nova moeda do Brics, e a não apoiar nenhuma outra moeda para substituir o possante dólar americano, ou enfrentarão tarifas de 100%", escreveu Trump na rede Truth Social (que é dele), em referência ao grupo de países que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul entre outros.

Com isso, o dólar que já rompeu recordes na semana passada, com a reação negativa do mercado ao pacote de gastos, segue em tenência de alta.

O único alívio são os produtos básicos. O minério de ferro teve alta de 1,26% na China, enquanto o petróleo sobe em torno de 1,20%.Isso pode impulsionar Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3 e PETR4).

Boletim Focus

A expectativa de inflação para este ano foi reajustada para cima pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central. Eles elevaram a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,63% para 4,71%, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda (02) .

Esse é o primeiro após a divulgação do pacote de corte de gastos do governo e a alta do dólar que o anúncio provocou. Com isso, a projeção segue acima do teto da meta de inflação para este ano, de 4,50%.

Hoje, às 10h, Gabriel Galípolo, diretor de política monetária e próximo presidente do BC participa de Fórum Político da XP, em São Paulo.

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