Advertências dos EUA para viagens à China dependem de prisões de americanos, afirma Washington
Os Estados Unidos expressaram, nesta segunda-feira (2), que seu alerta para viajantes à China, que foi flexibilizado na semana passada após a libertação de três prisioneiros americanos, pode se tornar mais severo novamente, caso Pequim volte a permitir a detenção de seus cidadãos.
O governo do presidente Joe Biden, que está deixando o cargo, anunciou na semana passada a libertação dos últimos cidadãos americanos que Washington considerava estarem detidos injustamente no gigante asiático.
Por sua vez, os Estados Unidos soltaram três cidadãos chineses não identificados e flexibilizaram seu alerta de viagem, um objetivo muito almejado por Pequim em sua tentativa de atrair empresários estrangeiros.
Na semana passada, o Departamento de Estado americano classificou a China no nível dois, pedindo aos viajantes que "exerçam maior cautela" em sua visita, em vez do nível três, que indica aos americanos que reconsiderem a decisão de viajar para o país asiático.
"Já não estão mais prendendo americanos injustamente, por isso voltamos ao nível dois", disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, aos jornalistas.
"Mas isso é válido para a China, assim como para qualquer país do mundo. Se eles estiverem prendendo injustamente nossos cidadãos, trabalharemos para libertá-los e, obviamente, isso terá um impacto nos alertas de viagem que emitirmos", destacou.
Washington denunciou repetidamente os casos dos três americanos finalmente libertados: Mark Swidan, que esteve preso desde 2012 por acusações relacionadas a drogas, e Kai Li e John Leung, cidadãos americanos de origem chinesa acusados de espionagem. Todos negaram veementemente as acusações.
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