Moraes autoriza ida de Anderson Torres ao velório de sua mãe, em Brasília
O ministro Alexandre de Moraes acatou o pedido da defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, para ir ao velório da mãe dele na tarde deste sábado (30), em Brasília. Ele está em liberdade provisória, com medidas cautelares.
O que aconteceu
Em documento encaminhado à defesa de Torres, Moraes concedeu autorização para a ida ao velório e ao sepultamento. "Ressalte-se o caráter provisório da presente decisão, que não dispensa o requerente do cumprimento das demais medidas cautelares", disse o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
Mãe de Anderson Torres morreu na manhã desta sexta-feira (29). Amelia Gomes da Silva Torres tratava um câncer. Há uma semana, o ex-ministro da Justiça foi autorizado por Moraes a sair de casa à noite e nos finais de semana, de forma temporária, para cuidar dela.
Tanto o velório quanto o sepultamento serão no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, Brasília. O endereço extrapola os limites da flexibilização da medida cautelar estabelecidos previamente na decisão de Moraes. Por isso, foi necessária a autorização.
A defesa de Anderson Torres alegou que a ida ao sepultamento não prejudica investigação. Os advogados do ex-ministro da Justiça relembraram, no pedido de autorização, que Torres continua utilizando tornozeleira eletrônica e que não sairá do Distrito Federal.
Ocorre que, infelizmente, na manhã da data de hoje, às 7:11, a genitora do requerente veio a óbito em decorrência de 'sepse pulmonar, pneumonia bacteriana hospitalar, glioblastoma', conforme certidão de óbito anexa.
A autorização que se almeja não acarretará qualquer prejuízo à investigação; seja porque foi fixada há mais de um ano e cinco meses sem qualquer intercorrência; seja porque o requerente permanecerá sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.
Advogados de Anderson Torres em documento encaminhado a Moraes
Torres é um dos 37 indiciados por tentativa de golpe
Anderson Torres foi citado em inquérito da PF. Ele foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro e é um dos envolvidos nos ataques golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.
PF suspeita de omissão. Ele, que atuava como secretário de Segurança Pública do DF no dia da tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, em 2023, pode ter sido conivente com os ataques, segundo a PF. O ex-ministro chegou a ser preso, por decisão de Moraes, mas recebeu liberdade provisória em maio do ano passado, com a imposição de medidas cautelares.