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Carro onde Genivaldo foi asfixiado é inspecionado no 4º dia de julgamento

Policiais trancam Genivaldo e o sufocam com gás lacrimogêneo Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

29/11/2024 21h51

No quarto dia de julgamento dos ex-policiais rodoviários acusados pela morte de Genivaldo de Jesus Santos durante uma abordagem em Umbaúba (SE), os jurados vistoriaram a viatura da PRF onde a vítima foi colocada.

O que aconteceu

Testemunhas foram ouvidas e o veículo onde Genivaldo foi colocado foi vistoriado nesta sexta-feira (29). Este foi o quarto dia de julgamento dos réus Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kleber Nascimento Freitas e William Barros Noia.

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Foram ouvidas quatro testemunhas. Os depoimentos colhidos foram de três testemunhas de acusação, por parte do Ministério Pública Federal, e uma de defesa de William. A sessão acabou às 20h50.

A sessão começou com uma questão de ordem dita pelo juiz federal Rafael Soares, explicando sobre o trâmite processual aos jurados. Durante a manhã se iniciou o depoimento de um agricultor que passava pelo local da abordagem policial na data do ocorrido.

Durante a tarde, por volta das 15h, um amigo de infância de Genivaldo foi ouvido. Ele foi testemunha de acusação, pois testemunhou a abordagem policial.

Na sequência, foi feita a vistoria da viatura onde Genivaldo foi posto durante a abordagem policial. Por fim, foi ouvida uma testemunha de defesa dos acusados, um policial rodoviário federal.

Relembre o caso

Genivaldo, 38, foi trancado no porta-malas de uma viatura. No dia 25 de maio de 2022, a vítima, presa dentro da viatura, foi submetida a um gás lacrimogêneo, que formou uma densa fumaça branca dentro da viatura e o asfixiou.

Genivaldo morreu momentos depois. Ele ainda foi levado ao hospital, já desacordado, mas não resistiu.

Os acusados respondem pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado. Os réus foram demitidos da PRF e estão presos desde outubro de 2022.

35 pessoas serão ouvidas

De acordo com a Justiça Federal, 35 pessoas vão ser ouvidas até o fim do julgamento. Há previsão de que o julgamento dure sete dias, entre depoimentos de testemunhas, peritos, e, por último os réus.

Após todos os depoimentos, haverá o debate judicial e votação de sentença. Os jurados são compostos por quatro homens e três mulheres, que definirão as condenações dos ex-policiais.

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