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Tarcísio e Nunes encontram Lula pela 1ª vez pós-eleição para assinar acordo

O presidente Lula (PT), o governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) - Ton Molina/Leandro Chemalle/Felipe Rau/Estadão Conteúdo
O presidente Lula (PT), o governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) Imagem: Ton Molina/Leandro Chemalle/Felipe Rau/Estadão Conteúdo
do UOL

Do UOL, em São Paulo

28/11/2024 17h14

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), vão se reunir nesta sexta-feira (29) com o presidente Lula (PT). Esse é o primeiro encontro entre os três após o resultado das eleições municipais.

O que aconteceu

Tarcísio e Nunes vão assinar contratos de financiamento do BNDES com o presidente. Os acordos são das obras do trem InterCidades, do trecho norte do Rodoanel e da Linha 2-Verde do Metrô.

O prefeito da capital também vai assinar o contrato para os ônibus elétricos, conforme apurou o UOL. A cerimônia vai ocorrer no Palácio do Planalto com secretários e a presença do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A relação dos líderes políticos é recheada de trocas de farpas e desafetos. A começar pelos apoios: apesar de o MDB ser da base do governo federal, Lula apadrinhou o rival de Nunes na corrida municipal, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP). Após ser reeleito, o emedebista disse que "não tem o menor sentido" seu partido apoiar o petista em 2026.

Tarcísio tenta manter uma distância segura de Lula por ser aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista já reclamou diversas vezes da ausência do governador em agendas no estado paulista. "É uma pena, porque o governador poderia estar aqui com a gente, mas ele não vai em nenhum lugar que o convido. Saindo daqui, vamos visitar uma obra em Campinas, que tem investimento do BNDES, ele [Tarcísio] está convidado, mas não vai", disse Lula, em julho deste ano.

A cerimônia de assinatura dos contratos ocorre em meio ao indiciamento de Bolsonaro. O ex-presidente e outras 36 pessoas são suspeitas dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Tarcísio defendeu o padrinho político e disse que o indiciamento é "uma narrativa que carece de provas".

PF também encontrou plano para matar Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e ministro Alexandre de Moraes. O documento, denominado "Punhal verde amarelo", foi impresso pelo general Mário Fernandes, dias após a derrota de Bolsonaro em 2022 e foi entregue ao ex-presidente.

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