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Pacheco diz que ajuste fiscal é 'prioridade' e prevê votação ainda em 2024

do UOL

Do UOL, em São Paulo (SP)

28/11/2024 11h16

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu das mãos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as propostas de ajuste fiscal na manhã desta quinta-feira (28). Em entrevista coletiva, Pacheco avaliou positivamente as medidas e prevê a análise das medidas no plenário da Casa ainda neste ano.

O que aconteceu

Pacheco avalia que primeiro contato com a medida trouxe "boa impressão". Ainda assim, ele reconhece a necessidade de discutir as propostas com as lideranças da Casa Legislativa. Ele disse que firmou compromisso a respeito do assinto com o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Presidente do Senado diz esperar que a proposta seja analisada neste ano. Pacheco afirma que as medidas de ajuste fiscal serão levadas diretamente para o plenário após serem analisadas pela Câmara dos Deputados. "Estamos engajados para ver, até o final do ano, antes do recesso, apreciadas essas medidas da equipe econômica", disse.

Essa medida entre como prioridade do Senado para as próximas três semanas.
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

Ministro da Fazenda reconhece possibilidade de análise acelerada do ajuste. Segundo Fernando Haddad, os temas apresentados pela equipe econômica fazem parte da rotina dos parlamentares. "O que foi apresentado aqui é conhecido dos pelos parlamentares, todos dominam esse assunto. Não são temas estranhos ao dia a dia dos parlamentares, não tem surpresas", afirma.

Haddad destaca reunião produtiva após a apresentação oficial das medidas de ajuste. O ministro afirma ter sentido um clima "receptivo" com a recepção do projeto."Houve uma compreensão grande daqueles que se manifestaram dizendo que as medidas são equilibradas e vêm de encontro com aquilo defendido por vários parlamentares", disse ele.

Haddad avalia que maior "ruído" é gerado pela reforma da renda. O ministro avaliou que a reação negativa do mercado financeiro nesta manhã envolve a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000. Ele, no entanto, reconheceu a necessidade de um debate maior do tema.

Nós sabíamos que o debate sobre a renda ia exigir um aprofundamento da questão. Não é uma coisa que vai ser votada desse ano, nem deveria, pelo fato de ser uma matéria que tem que contar com o debate da opinião pública.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Cortes podem ser maiores do que os indicados, analisa Haddad. O ministro revela que as amostragens desenvolvidas pela equipe econômica mostram correções e distorções de até 30%. "Eu acredito que os números tão adequados, mas eu apostaria que eles podem ser mais significativos no ano que vem", afirma ele.

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