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Precisamos estar atentos para defender o Estado de Direito, diz Alckmin

Vice-presidente Geraldo Alckmin - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Vice-presidente Geraldo Alckmin Imagem: Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
do UOL

Do UOL, em São Paulo

28/11/2024 20h46Atualizada em 28/11/2024 20h46

Alvo de plano de assassinato como parte de uma tentativa de golpe, segundo a Polícia Federal, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta quinta-feira (28) que é preciso estar "atento" para defender o Estado democrático de Direito.

O que aconteceu

"Precisamos estar atentos e próximos para defendermos juntos o Estado democrático de Direito", disse Alckmin. A declaração foi feita em vídeo exibido durante ato do movimento "Direitos Já" para discutir a tentativa de golpe que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas.

Plano de assassinato e tentativa de golpe motivou o ato. Segundo a organização do "Direitos Já", após a tentativa da abolição violenta do Estado democrático de Direito —que incluía o assassinato do presidente, do vice e do ministro do STF Alexandre de Moraes— se tornar pública, o sociólogo Fernando Guimarães, coordenador do grupo, organizou o encontro. O 11º ato do Fórum pela Democracia conta com o apoio de 16 partidos.

Presidente nacional do PSDB defendeu punição para os envolvidos na tentativa de golpe. "Nós do PSDB, e eu particularmente, prego uma radicalização cada vez maior pela democracia. Os acusados precisam ter direito ao contraditório, à ampla defesa, mas é preciso efetivamente que haja punição àqueles que quiserem devolver o Brasil ao filme que a gente assistiu com tristeza a partir de 64", afirmou Marconi Perilo.

O senador Marcelo Castro (MDB-PI) afirmou que a democracia precisa ser continuamente defendida. "Achávamos que tínhamos voltado a um sistema de democracia e que nada mais iria atrapalhar nossa marcha no sentido do desenvolvimento. Nós agora, em 2022, tivemos muito proximos de um rompimento democrático e de instalação de um golpe. Todos que somos democratas precisamos estar unidos, sabendo que a democracia precisa ser cultivada e defendida a todo tempo", disse.

A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL) pediu o arquivamento no Congresso do projeto de lei que dá anistia aos envolvidos na intentona golpista. "Nossa luta tem que incorporar o aterramento, o arquivamento desse absurdo, que é o projeto de anistia. A gente não pode pensar nessa hipótese."

O presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Octávio Costa, defendeu "cadeia e mão dura" na punição aos golpistas. "O que salta aos olhos de todos nós é que, quando se fala do golpe de 64 ninguém foi punido. Isso pesa até hoje. Quando esse grupo de militares se reúne e ameaça um golpe, ameaçam matar um presidente eleito, um vice-presidente eleito, um ministro do Supremo, eles se baseiam numa impunidade que vem lá de longe."

A presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Manuella Mirella, disse que os movimentos sociais irão às ruas pela democracia. "A gente reforça necessidade e punição dos golpistas, tanto da tentativa de golpe do 8 de Janeiro como dos financiadores desse processo. Estamos convocando grande mobilização nas ruas no dia 10 de dezembro", afirmou.

Frente contra autoritarismo formada pelo "Direitos Já" existe desde 2019. O movimento se define como uma frente suprapartidária. Participam representantes de centrais sindicais, da UNE, além de juristas e cientistas políticos. O movimento teve papel importante na formação da frente ampla democrática que mobilizou resistência ao governo Bolsonaro entre 2019 e 2022.

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