China critica escalas previstas do presidente de Taiwan nos Estados Unidos
A China condenou nesta quinta-feira (28) os planos do presidente taiwanês Lai Ching-te de fazer uma escala nos Estados Unidos durante sua primeira viagem ao exterior e prometeu "esmagar decisivamente" qualquer tentativa de independência da ilha.
China e Taiwan são governadas de maneira separada desde 1949, mas Pequim considera a ilha parte de seu território e exige que os outros países não reconheçam o governo de Taipé, nem atribuam qualquer tipo de legitimidade internacional.
Contudo, na viagem que começará no sábado (30) e o levará às Ilhas Marshall, Tuvalu e Palau, três dos 12 últimos aliados de Taiwan, Lai planeja fazer escalas nos territórios americanos do Havaí e Guam.
Nenhuma reunião com autoridades americanas foi anunciada até o momento, mas a viagem irritou a China.
"Somos sempre contrários às interações oficiais entre Estados Unidos e Taiwan (...) e contra qualquer forma de aprovação e apoio dos Estados Unidos aos separatistas de Taiwan", disse Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
A visita aos três pequenos países insulares do Pacífico é a primeira viagem ao exterior como presidente de Lai, um defensor da soberania de Taiwan e classificado pela China como um "separatista perigoso".
O porta-voz do Ministério da Defesa da China, Wu Qian, afirmou nesta quinta-feira que o exército "vai esmagar com determinação todas as tentativas secessionistas das forças pela independência de Taiwan".
Nas últimas décadas, outros líderes taiwaneses fizeram escalas em território americano durante viagens a aliados latino-americanos ou do Pacífico, o que sempre gerou a revolta de Pequim.
Em 1979, os Estados Unidos reconheceram o governo de Pequim e romperam oficialmente as relações com Taipé, mas na prática o país continua como o principal aliado e fornecedor de armas da ilha.
Taiwan é um dos principais pontos de atrito nas relações entre Pequim e Washington.
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