Procurador do TPI pede mandado de prisão contra chefe da junta militar de Mianmar
O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) pediu nesta quarta-feira (27) aos juízes um mandado de prisão contra o chefe da junta militar de Mianmar, Min Aung Hlaing, por supostos crimes contra a humanidade cometidos contra os muçulmanos rohingya.
"Após uma investigação extensa, independente e imparcial, meu gabinete concluiu que há motivos razoáveis para acreditar que o general e presidente interino Min Aung Hlaing (...) tem responsabilidade penal por crimes contra a humanidade", afirmou Karim Khan em um comunicado.
O procurador do tribunal com sede em Haia abriu uma investigação em 2019 sobre supostos crimes cometidos contra os rohingyas no estado birmanês Rakhine em 2016 e 2017, que provocaram um êxodo em larga escala da população para o vizinho Bangladesh.
Khan disse que os supostos crimes, que incluem deportação e perseguição, foram cometidos pela Tatmadaw, as forças armadas de Mianmar, com o apoio da polícia nacional e de fronteira, "assim como por cidadãos não rohingyas".
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