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Colômbia apreende 225 toneladas de cocaína em megaoperação com Brasil e outros países

Foto de arquivo mostra tablete de cocaína - Getty Images
Foto de arquivo mostra tablete de cocaína Imagem: Getty Images

27/11/2024 16h19Atualizada em 27/11/2024 17h23

Autoridades de mais de 60 países apreenderam 225 toneladas de cocaína durante uma megaoperação no Pacífico e identificaram novas estratégias da máfia para transportar drogas até a Austrália, anunciou a Marinha da Colômbia nesta quarta-feira (27).

A operação de 45 dias teve participação de agências de segurança de Estados Unidos, Brasil, Países Baixos e outras nações.

A 14ª edição da campanha naval "Órion" apreendeu ao todo 1,4 quilotonelada de entorpecentes, incluindo 225 toneladas de cocaína e 228 toneladas de maconha, informou o vice-almirante da Marinha colombiana, Orlando Enrique Grisales, à imprensa.

Ele destacou o confisco, na Ilha Clipperton, de um semi-submersível que estava indo para a Austrália com cocaína fabricada na Colômbia.

Esta e outras descobertas anteriores levaram as autoridades a concluir que há uma "nova linha" de tráfico de drogas entre os dois países com embarcações sofisticadas.

Os semi-submersíveis de madeira cobertos com vidro têm "combustível suficiente para ir da Colômbia à Austrália" (cerca de 8.000 quilômetros) sem a necessidade de reabastecimento no oceano.

De acordo com Grisales, um quilo de cocaína é vendido na Austrália por até US$ 240.000 (R$ 1,3 milhão na cotação atual). Nos EUA, o seu preço oscila entre US$ 33.000 e US$ 40.000 (R$ 180 mil e R$ 219 mil).

Os países que participaram da operação também identificaram alianças entre grupos criminosos de México, Brasil, Colômbia, Equador e Peru com máfias da Europa e da Oceania. Trata-se de uma mudança de organização no mercado global de cocaína.

"Não é apenas uma estrutura piramidal, como eram os cartéis em sua época, mas hoje são redes de crime organizado que se associam", acrescentou Grisales.

Na operação, "mais de 400 prisões foram feitas como parte da recém-criada Rede Judicial Internacional Órion, apoiada pelo Escritório das Nações Unidas contra as Drogas e o Crime.

A Colômbia é o maior exportador de cocaína do mundo. Em 2023, a produção de cocaína aumentou 53%, chegando a 2,6 quilotoneladas por ano, de acordo com a ONU.

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