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China pode lançar exercícios militares perto de Taiwan por visita de presidente ao Pacífico

27/11/2024 08h33

Por Yimou Lee e Ben Blanchard

TAIPÉ (Reuters) - A China deve realizar exercícios militares nos próximos dias perto de Taiwan, usando como pretexto a próxima viagem do presidente Lai Ching-te ao Pacífico, de acordo com avaliações de autoridades de segurança regionais e de Taiwan.

Lai iniciará uma visita aos três aliados diplomáticos de Taipé no Pacífico no sábado, e fontes disseram à Reuters que ele estava planejando paradas no Havaí e no território norte-americano de Guam, em uma viagem delicada que ocorrerá logo após as eleições nos EUA.

A China, que considera Taiwan como seu próprio território e a questão mais importante em suas relações com Washington, não gosta de Lai, a quem Pequim chama de "separatista".

O gabinete de Lai ainda não confirmou os detalhes do que são oficialmente escalas nos Estados Unidos, mas espera-se que o faça pouco antes de sua partida, segundo fontes familiarizadas com a viagem.

Pequim poderia realizar manobras militares por volta ou logo após a viagem de Lai, que termina em 6 de dezembro, disseram quatro autoridades da região informadas sobre o assunto que não quiseram ser identificadas devido à sensibilidade da questão.

O Ministério da Defesa da China não respondeu a um pedido de comentário, embora o governo tenha solicitado aos Estados Unidos que não permitam o trânsito de Lai.

Chen Binhua, porta-voz do Escritório de Assuntos sobre Taiwan, da China, disse na quarta-feira que as paradas de trânsito de Lai eram "essencialmente atos provocativos que violam o princípio de uma só China".

O Ministério da Defesa de Taiwan afirmou em um comunicado que qualquer tentativa deliberada de criar tensão no Estreito de Taiwan ameaçaria a segurança regional e prejudicaria a paz e a estabilidade.

"Isso não seria visto com bons olhos pelas pessoas de ambos os lados do estreito ou pela comunidade internacional, e também não é o comportamento adequado de um país moderno responsável", acrescentou.

A Casa Branca não respondeu a um pedido de comentário.

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