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Bolsa cai e dólar sobe; pacote fiscal pode furar fila de votação

Yuriko Nakao/Reuters
Imagem: Yuriko Nakao/Reuters
Carolina Nogueira e Lílian Cunha
do UOL

Do UOL em Brasília e Colaboração para o UOL, de São Paulo

27/11/2024 10h23Atualizada em 27/11/2024 12h25

A Bolsa de Valores de São Paulo trabalha nesta quarta-feira (27) em queda e o dólar tem alta, com o mercado repercutindo a possibilidade de o pacote fiscal ser divulgado nesta quinta-feira (28). A votação do pacote pode furar a fila para ser aprovada ainda este ano.

Hoje, após o fechamento dos mercados, deputados vão ao Planalto para uma apresentação do pacote de corte de gastos. Líderes ouvidos pelo UOL afirmaram que o projeto poderia começar a tramitar na Câmara na semana que vem, num esforço para aprovar ainda em 2024.

O que está acontecendo

Por volta de 12h20, a Bolsa de Valores de São Paulo tinha baixa de 0,27%. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, valoriza para 129.576 pontos.

O dólar comercial era negociado em alta de 0,38%, vendido a R$ 5,830. O turismo era vendido com valorização de 0,48%, para R$ 6,057.

As medidas podem furar a fila das votações e poderão ser aprovadas ainda em 2024. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse ontem que a votação "tinha de ser" ainda neste ano.

O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT-AP), falou que a ideia era protocolar o texto amanhã, quinta (28). O pacote passaria à frente das votações da reforma tributária, PLDO e Orçamento. O recesso parlamentar começa em 23 de dezembro.

No fim da tarde de ontem, o vice-presidente deu declarações sobre os cortes de gastos. "Teremos boa notícia nesta semana com medidas de redução de despesas de curto e médio prazo para cumprirmos o arcabouço fiscal. Vamos perseguir o déficit zero para depois perseguir superávit, isso faz cair os juros e a economia crescer mais forte", afirmou Alckmin.

EUA

O PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos cresceu ao ritmo anualizado de 2,8% no terceiro trimestre de 2024. O resultado veio em linha com as projeções de analistas.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 213 mil, com 2 mil requisições a menos. Os dados correspondem à semana encerrada em 23 de novembro, informou o Departamento do Trabalho americano nesta quarta-feira.

Já o PCE, o indicador preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para a inflação, aumentou 2,1% no terceiro trimestre, em comparação com abril, maio e junho. O número veio ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, de 2,2%. Mas os dois dados, segundo Nicolas Borsoi, economista chefe da Nova Futura Investimentos, colaboram para um novo corte de juros nos EUA, na reunião de 18 de dezembro.

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