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'Não é hora de volta da vitória', diz chefe da ONU para o clima na COP29

Participantes ouvem discursos durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) em Baku em 13 de novembro de 2024 - ALEXANDER NEMENOV/AFP
Participantes ouvem discursos durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) em Baku em 13 de novembro de 2024 Imagem: ALEXANDER NEMENOV/AFP
do UOL

Do UOL, em São Paulo*

23/11/2024 20h54

O chefe do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), Simon Stiell, disse neste domingo (noite de sábado, 23, em Brasília) que "não é hora pra dar uma volta da vitória" depois que as nações na COP29 no Azerbaijão concordaram com um acordo financeiro amargamente negociado.

"Nenhum país conseguiu tudo o que queria, e deixamos Baku com uma montanha de trabalho ainda a fazer. Então, não é hora para a volta da vitória", disse Stiell em uma declaração.

Mais cedo, a presidência azeri da COP29 divulgou um projeto de acordo definitivo sobre o financiamento climático, que será submetido à aprovação dos quase 200 países reunidos em Baku.

O projeto propõe que os países ricos contribuam com "pelo menos" US$ 300 bilhões de dólares (cerca de R$ 1,7 trilhão) anuais até 2035 para que as nações em desenvolvimento façam frente às consequências das mudanças climáticas. A proposta original do país era de financiamentos de até US$ 1,3 trilhão (aproximadamente R$ 7,5 trilhões)

Outra decisão é que os países ricos poderão cumprir as metas climáticas pagando aos países da África ou da Ásia ao invés de reduzir as próprias emissões de gases de efeito estufa, após três anos de um debate espinhoso sobre o comércio de créditos de redução de emissões de carbono.

Até agora, os créditos de carbono eram usados sobretudo por empresas que queriam reduzir as emissões, a fim de se apresentarem como companhias com um balanço de emissões de carbono neutro, e o faziam em um mercado alheio à normativa internacional e marcado por muitos escândalos.

*Com informações da AFP

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