PT e ministros de Lula comemoram indiciamento de Bolsonaro: 'Grande dia'
O Partido dos Trabalhadores e ministros de Lula comemoraram nas redes sociais o indiciamento de Jair Bolsonaro, Braga Netto, e outras 35 pessoas suspeitas dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O que aconteceu
'Grande dia', escreveu perfil oficial do PT. A presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, disse que indiciamento "abre o caminho para que todos venham a pagar na Justiça pelos crimes que cometeram contra o Brasil e a democracia".
'Gravíssimos planos' e 'criminoso'. Os ministros Paulo Pimenta, titular da Secom, e Anielle Franco, da Igualdade Racial, também comentaram o indiciamento.
Para o Ministro-Chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, a notícia do indiciamento "oferece ao país a possibilidade de concretizar uma reação eficaz aos ataques à nossa Democracia". "Que o peso da lei recaia sobre todos os criminosos que atentaram contra a democracia e a vida", afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Deputados comentam
"A hora dos peixes grandes do golpismo está chegando", afirmou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). "A maior quadrilha da história está perto de ver o sol nascer quadrado", disse o deputado federal André Janones (Avante). Já a deputada federal Erika Hilton (PSOL) questionou: "Quantos minutos até o Bolsonaro dar entrada no hospital com obstrução intestinal?"
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) se referiu aos indiciados como "corja de golpistas". Talíria Petrone (PSOL), que também é deputada federal, comemorou o fato dos assuntos "Bolsonaro na Cadeira" e "Bolsonaro Indiciado" serem os mais comentados no momento na rede social X (antigo Twitter).
O que aconteceu
Lista com os nomes dos indiciados foi divulgada pela Polícia Federal. PF indiciou 37 pessoas por tentativa de golpe de Estado.
Entre os indiciados, está o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ex-ministros, generais, militares e ex-assessores também estão na lista divulgada pela PF.
O relatório da investigação foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal). Com o indiciamento, a PF apontou quais crimes os investigados teriam praticado a partir do conjunto de elementos reunidos ao longo da investigação. Pela primeira vez, um presidente eleito no período democrático é indiciado como responsável por tramar contra a democracia no país.
As provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos. Houve quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo Poder Judiciário.
Segundo a PF, a divulgação, com autorização do STF, visa evitar difusão de notícias incorretas. O UOL tenta contato com a defesa de Bolsonaro e Braga Netto.