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Indiciamento pela PF por tentativa de golpe é o 3º de Bolsonaro em 2024

do UOL

Do UOL, em São Paulo

21/11/2024 16h37Atualizada em 21/11/2024 17h37

Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela PF sob a suspeita de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa nesta quinta (21). Trata-se do terceiro indiciamento contra o ex-presidente.

O que aconteceu

O relatório da investigação da PF tem 884 páginas e indicia mais 36 pessoas. O documento foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), para o ministro Alexandre de Moraes, que encaminhará o relatório à PGR. A Procuradoria-Geral da República vai analisar tudo o que foi levantado pela polícia e decidir se denuncia ou não os suspeitos.

Em julho, ex-presidente foi indiciado no caso da venda das joias. A PF entendeu que Bolsonaro cometeu peculato (desvio de dinheiro público), associação criminosa e lavagem de dinheiro na situação, que envolveu a venda no exterior de peças dadas de presente à Presidência durante viagens oficiais.

Suposta falsificação de carteira vacinal rendeu indiciamento em março. Nesse caso, a PF afirmou que um grupo alterou dados de vacinação de Bolsonaro e sua filha para que os dois pudessem ir aos EUA em dezembro de 2022. Os dados foram inseridos no sistema pelo então secretário de saúde de Duque de Caxias (RJ).

Em que pé estão os casos?

Também foram indiciados nesta quinta os ex-ministros Braga Netto (Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa). Se a PGR apresentar denúncia contra os indiciados, ela será submetida ao STF. No Supremo, acusação e defesa poderão apresentar seus respectivos argumentos em um eventual julgamento do caso.

PGR pediu mais informações no caso da joias. Após o indiciamento pela PF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao STF acesso à íntegra de laudos e outros documentos produzidos ao longo da investigação. Segundo ele, o passo seria "essencial" para que o órgão pudesse analisar as condutas.

Após indiciamento, Bolsonaro disse que Alexandre de Moraes "conduz todo o inquérito". No X (antigo Twitter), o ex-presidente afirmou que Moraes "faz tudo o que não diz a lei" e que vai esperar a divulgação do relatório da PF na íntegra para mais comentários.

Relatório da PF está sob sigilo. O UOL apurou que o Moraes deve avaliar o material e encaminhá-lo à PGR na semana que vem.

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