Derrubam paredes: do que são capazes as armas previstas em plano golpista
O plano Punhal Verde e Amarelo, arquivo que detalhava o plano de assassinar o então presidente eleito Lula, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, indica quais eram as armas previstas para a execução.
Os metadados do arquivo indicam que o criador do documento é o general da reserva Mario Fernandes. Ele também teria imprimido o arquivo no Palácio do Planalto no dia 9 de novembro de 2022.
Quais armas seriam utilizadas?
Armamento individual. De acordo com documento da PF, estava previsto o uso de "quatro pistolas 9mm ou .40" e "quatro fuzis 5,56 mm, 7,62mm ou .338". Para cada um, haveria 160 munições - frangíveis, para as pistolas, e perfurantes, para os fuzis.
As pistolas e os fuzis em questão são comumente utilizados por policiais e militares, inclusive pela grande eficácia dos calibres elencados.
documento da PF
Armamento coletivo. Ainda segundo o documento da corporação, chama atenção, o armamento coletivo previsto: de guerra, comumente utilizados por grupos de combate:
Uma metralhadora M249, considerada leve e altamente eficaz. "Projetada para fornecer suporte de fogo em combate. A combinação de leveza, taxa de disparo e capacidade de alimentação a torna uma arma estimada em diversas situações táticas", diz o documento da PF.
Lança Granada 40mm, projetada para disparar granadas de fragmentação ou munições especiais. "Fornece capacidade de fogo indireto e versatilidade em termos de tipos de munição", afirma a PF.
Lança Rojão AT4, utilizado principalmente por forças armadas e de segurança para combate a veículos blindados e estruturas fortificadas. "É um lançador de foguetes antitanque. A munição é um foguete guiado que possui uma ogiva explosiva", diz a nota.
O lança-rojão, arma mais poderosa da lista, tem como principal objetivo eliminar veículos blindados inimigos. Segundo o Ministério da Defesa, ele também pode ser empregado contra fortificações - podendo, portanto, derrubar paredes - e contra pessoas.