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Aliados seguem Bolsonaro e ironizam indiciamento e Alexandre de Moraes

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - 15.ago.2024-Reprodução/YouTube
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Imagem: 15.ago.2024-Reprodução/YouTube
do UOL

Do UOL, em Brasília

21/11/2024 18h01Atualizada em 21/11/2024 18h01

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou o relatório da Polícia Federal em que foi indiciado por três crimes. Deputados aliados seguiram na mesma linha e ainda reclamaram de perseguição.

O que aconteceu

Bolsonaro afirmou que abusaram da criatividade para incriminá-lo. O uso da palavra é uma referência ao juiz Airton Vieira, que trabalha no gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

O magistrado foi encarregado de investigar perfis golpistas. O trabalho foi repassado a um subalterno que reportou dificuldade em encontrar indícios. Diante da situação, Airton Vieira disse "use sua criatividade rsrsrs".

O ex-presidente aproveitou a situação para tentar desacreditar toda a operação. Bolsonaro foi indiciado por três supostos crimes:

  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • tentativa de golpe de Estado;
  • organização criminosa.

O relatório é atribuição da PF, mas Bolsonaro atacou Alexandre de Moraes. "O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia", acusou o ex-presidente.

Aliados seguiram pela mesma linha. A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) usou um tom irônico ao comentar a situação. "Precisamos usar a criatividade para comentar, da mesma forma que fazem os juízes auxiliares de Moraes."

O deputado Sóstenes Cavalcante disse que a palavra do dia era "criatividade". Ele também adotou a ironia contra o ministro do STF. "Se alguém quiser saber o que significa essa palavra, é só perguntar ao ministro Alexandre de Moraes."

Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) reclamou de perseguição. Ele declarou que o indiciamento era esperado e é resultado de uma caçada contra Bolsonaro.

A Polícia Federal indiciou 37 pessoas. Há ex-ministros, ex-comandante da Marinha, generais, um deputado federal e ex-assessores de Bolsonaro.

Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar.
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