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Rússia e China articulam parceria ‘sem precedentes’, diz ministro russo

Sergei Lavrov e Wang Yi, ministros das Relações Exteriores da Rússia e China, respectivamente, durante o G20, no Rio de Janeiro - Ministério das Relações Exteriores / Divulgação AFP
Sergei Lavrov e Wang Yi, ministros das Relações Exteriores da Rússia e China, respectivamente, durante o G20, no Rio de Janeiro Imagem: Ministério das Relações Exteriores / Divulgação AFP

Do UOL, em São Paulo

19/11/2024 08h16Atualizada em 19/11/2024 12h23

Os ministros das Relações Exteriores da China e da Rússia discutiram os laços bilaterais, o conflito na Ucrânia e a situação na Península Coreana à margem da reunião do Grupo dos 20 no Brasil, informaram os ministérios das Relações Exteriores dos dois países na terça-feira.

"Estamos realmente em um estágio sem precedentes no desenvolvimento de nossas relações estratégicas de uma parceria abrangente", afirmou o russo Sergei Lavrov ao seu colega chinês, Wang Yi, de acordo com uma postagem no canal Telegram do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Wang disse que Pequim está disposta a trabalhar com a Rússia para fortalecer ainda mais a "coordenação estratégica abrangente" bilateral, informou o Ministério das Relações Exteriores da China em um comunicado.

Os "dois lados também trocaram opiniões sobre a crise da Ucrânia e a situação na Península Coreana", acrescentou, sem fornecer mais detalhes.

A reunião faz parte de negociações bilaterais entre a China e a Rússia que se seguiu à invasão em grande escala da Ucrânia por Moscou há 1.000 dias. A guerra colocou Moscou no ostracismo em relação aos aliados ocidentais de Kiev, levando a uma série de sanções contra políticos e negócios russos.

A China e a Rússia declararam uma parceria "sem limites" quando o presidente russo, Vladimir Putin, visitou Pequim menos de três semanas antes de suas tropas marcharem para a Ucrânia em fevereiro de 2022, desencadeando a guerra terrestre mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Em maio deste ano, Putin e o presidente chinês, Xi Jinping, prometeram uma "nova era" de parceria entre os dois rivais mais poderosos dos Estados Unidos.

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