Macron chama Putin à 'razão' frente à escalada na Ucrânia
O presidente francês, Emmanuel Macron, fez um apelo à "razão" a seu homólogo Vladimir Putin nesta terça-feira (19), após o líder russo mencionar a possibilidade de recorrer ao uso de armas nucleares devido à escalada do conflito na Ucrânia.
"Quero realmente chamar a Rússia à razão. Ela tem responsabilidades como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Macron a jornalistas após a cúpula do G20 no Rio de Janeiro.
"A Rússia está se tornando uma potência desestabilizadora mundial", acrescentou.
O presidente francês afirmou também que pediu ao presidente chinês, Xi Jinping, em uma reunião à margem da cúpula, que exerça "toda a sua influência" sobre Putin para pôr fim à guerra, que já atingiu a marca de mil dias.
"Pedi ao presidente Xi Jinping que exercesse toda sua influência, sua pressão, sua capacidade de negociação sobre o presidente Putin para que ele cesse os ataques", declarou.
Macron também mencionou a suposta participação de outro aliado da China, a Coreia do Norte, que teria enviado milhares de tropas para lutar ao lado da Rússia, como uma razão para que Pequim intercedesse.
A Rússia reagiu com fúria à decisão tomada na semana passada pelo presidente americano, Joe Biden, de autorizar, pela primeira vez, que Kiev utilizasse mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar o território russo.
As tensões aumentaram ainda mais nesta terça-feira, depois de a Ucrânia disparar mísseis americanos contra a região russa de Briansk, na fronteira.
O chanceler russo, Serguei Lavrov, também presente no G20, afirmou que a escalada abre uma "nova fase da guerra do Ocidente contra a Rússia".
"Reagiremos de acordo", alertou em declarações no Rio de Janeiro.
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