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Quem é a médica suspeita de encomendar morte do marido advogado em Sergipe

Médica cirurgiã plástica Daniele Barreto - Reprodução/@laelrodriguesjunior
Médica cirurgiã plástica Daniele Barreto Imagem: Reprodução/@laelrodriguesjunior
do UOL

Colunista do UOL e Do UOL, em São Paulo

15/11/2024 05h30

A médica cirurgiã plástica Daniele Barreto é suspeita de mandar matar o marido, o advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Junior. Ele foi morto a tiros no dia 18 de outubro em Aracaju.

O que aconteceu

Médica tem 144 mil seguidores no Instagram. Ela usa o perfil para compartilhar parte de sua rotina de trabalho e momentos com a família. Atualmente, o perfil está fechado.

Daniele tem registros profissionais em três estados. A cirurgiã tem CRM ativo em Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro. Site da clínica em Aracaju oferece tratamentos e cirurgias como mamoplastia, próteses, lipoescultura e blefaroplastia.

Ela foi presa por articular e encomendar o assassinato. Além dela, a polícia de Sergipe prendeu uma amiga e uma secretária que a ajudaram a planejar o crime, e os dois atiradores. Os nomes não foram divulgados.

Casal estava junto havia mais de 10 anos e tinha um filho. Em publicação no ano passado, Lael comemorou a passagem dos anos com Daniele em um carrossel de fotos: "a eternidade em uma hora de vida! 10 Anos", escreveu.

Lael tem vários registros com a esposa nas redes sociais. Em fevereiro deste ano, ele postou fotos de uma viagem em família pela Suíça. Em uma das publicações, ele agradece pelos "melhores momentos, por meus preciosos filhos e por ser a minha melhor companhia para sempre".

Cirurgião plástica Daniele Barreto é suspeita de mandar matar o marido, o advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Junior - Reprodução/Redes sociais - Reprodução/Redes sociais
Daniele Barreto e o marido, José Lael de Souza Rodrigues Junior
Imagem: Reprodução/Redes sociais

Na véspera do crime, eles brigaram na clínica de Daniela porque Lael suspeitava de uma traição. Casal tinha histórico de atritos com tentativas de separação - que nunca se concretizaram, explicou a delegada Juliana Alcoforado, diretora do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

Detalhes sobre a motivação do crime ainda não foram divulgados. O UOL tenta contato com a defesa da médica. O espaço está aberto para manifestação.

O crime

José Lael era advogado criminalista e foi morto por dois homens, que o abordaram e desceram de uma motocicleta e dispararam contra o carro da vítima. O crime aconteceu em 18 de setembro na avenida Jorge Amado, no bairro Jardins, zona sul da capital sergipana.

O filho dele, que estava no carro, Guilherme Rodrigues, 20, também era alvo dos criminosos. Ele foi atingido, mas sobreviveu ao ataque.

Eles tinham saído de casa para comprar um açaí, a pedido de Daniela, afirmou a delegada Alcoforado. As vítimas começaram a ser perseguidas assim que deixaram o prédio em que moravam.

Temos imagens tanto da esposa, quanto de sua amiga, em um bairro periférico [onde teriam sido contratados os pistoleiros] alguns dias antes. Inclusive, no dia do crime, a amiga e a secretária da esposa estavam nesse bairro, em um carro, e receberam os dois indivíduos responsáveis pela ação delitiva. A partir daí não havia mais dúvidas da participação delas também no crime.
Juliana Alcoforado

Em nota, a OAB Sergipe informou que está acompanhando as investigações da morte de José Lael. Sobre a operação, diz que está com representante presente na delegacia "para acompanhar os novos desdobramentos e assegurar as prerrogativas dos advogados habilitados no Inquérito Policial, assim como o contraditório e a ampla defesa".

Desde que tomou conhecimento do crime, a Ordem segue mantendo contato com o delegado geral da polícia, Tiago Leandro, que assegurou a realização de uma investigação célere e firme para identificar o autor desse crime, mas, principalmente, para que haja uma punição sob o rigor da lei.
Nota OAB

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