Gleisi diz que Campos Neto é 'cara de pau' após fala contra fim da 6x1
A presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), Gleisi Hoffmann, usou a rede social X para afirmar que o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, é "cara de pau" e "não entende sobre a vida de quem trabalha" após declarações dele contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que propõe o fim da jornada 6x1.
O que aconteceu
Críticas ao presidente do Banco Central. Gleisi disse não ser novidade que ele "não entenda nada" sobre necessidades dos trabalhadores. Ao criticar a posição de Roberto Campos Neto sobre a PEC da deputada Erika Hilton (PSOL), a presidente do PT lembrou que o país tem uma das maiores taxas de juros do mundo.
Para ele, fim da escala 6x1 é "prejudicial" aos trabalhadores. "Vai aumentar o custo do trabalho, vai aumentar a informalidade e vai diminuir a produtividade", afirmou Campos Neto em evento do Instituto Líderes do Amanhã, em Vitória (ES).
A gente precisa continuar avançando essas reformas e entender que, no final das contas, aumentando a obrigação dos empregadores, a gente não melhora os direitos dos trabalhadores.
Roberto Campos Neto, presidente do BC
Dizer que o fim da jornada 6x1 vai prejudicar os trabalhadores é muita cara de pau. A declaração serve, pelo menos, para deixar bem claro de que lado ele está, e não é o lado dos trabalhadores nem o do Brasil.
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, em resposta a Campos Neto
PEC propõe reduzir jornada para 36 horas
Formato atual tem limite máximo de 44 horas semanais trabalhadas. A parlamentar que propõe a mudança, Erika Hilton, coletou assinaturas de outros deputados durante a semana e pretende protocolar a PEC no Congresso em breve.
"É uma proteção ao trabalhador", diz a deputada federal. O texto não proíbe que sejam trabalhados seis dias em uma mesma semana, contanto que o regime de horas não seja ultrapassado.
Articulação para fortalecer a proposta. Ao longo da semana, Erika também conversou com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT). Em coletiva de imprensa, a parlamentar afirmou ter ultrapassado a quantidade mínima de 171 assinaturas para protocolar o projeto.
Estamos felizes também com a repercussão dentro da Câmara dos Deputados, [com deputados] nos procurando e assinando a nossa PEC, que é um texto para dar dignidade e qualidade de vida ao trabalhador brasileiro.
Erika Hilton (PSOL), deputada federal