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Ele disse que foi a Brasília a passeio, afirma irmã do autor das explosões

Polícia e bombeiros cercam o STF após explosão - Mateus Coutinho / UOL
Polícia e bombeiros cercam o STF após explosão Imagem: Mateus Coutinho / UOL
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Nathália Moreira

Do UOL, em São Paulo

14/11/2024 14h41

Francisco Wanderley Luiz, o homem que detonou bombas na praça dos Três Poderes, em Brasília, dizia à família ter ido a Brasília a passeio, de acordo com sua irmã, Maria Irlete Luiz.

O que aconteceu

Ao UOL, ela se diz "surpresa" com os atos praticados pelo irmão. Wanderley Luiz era de Rio do Sul (SC) e havia se mudado para Brasília há cerca de quatro meses. Dizia a Maria que a intenção era passear com um de seus filhos.

A mulher afirma estar chocada com a situação. Em conversa ao telefone, disse nunca ter imaginado que seu irmão estivesse envolvido no caso.

Wanderley Luiz era chaveiro em Rio do Sul. Em 2020, foi candidato a vereador na cidade pelo PL, mas não se elegeu. Nas redes sociais, postou mensagens de ódio e com ameaças pouco antes das explosões.

Luiz Warderley - Reprodução/Tiü França no Facebook - Reprodução/Tiü França no Facebook
Material de campanha de Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como Tiu França
Imagem: Reprodução/Tiü França no Facebook

Investigação da Polícia Federal

Wanderley Luiz morreu na noite de ontem após arremessar um explosivo contra o prédio do STF e detonar outro em si mesmo. Antes, ele também explodiu uma bomba em seu carro, perto da Câmara dos Deputados.

O homem estava portando artefatos feitos de forma artesanal, segundo o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues. O "poder de lesibilidade", porém, era alto. Ele também portava um extintor de incêndio que simulava um lança-chamas. As investigações vão apontar de que materiais foram feitas as bombas.

O alvo era Alexandre de Moraes, diz ex-mulher. À PF, Daiane Dias afirmou o chaveiro teria dito que o plano dele era matar o ministro do STF.

O caso é investigado pela Polícia Federal como atentado terrorista e ataque ao Estado Democrático de Direito. O inquérito está sob sigilo.

mapa brasilia - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

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