Ações caem em meio a perdas nos setores imobiliário e tecnológico
Por Shashwat Chauhan e Pranav Kashyap
(Reuters) - As ações europeias encerraram esta quarta-feira em tom pessimista, com o índice pan-europeu STOXX 600 fechando em seu nível mais baixo em três meses, apesar da alta dos papeis do setor de energia e em meio às perdas do setor imobiliário.
O foco permaneceu no cenário de inflação dos Estados Unidos, que pode alterar expectativas do mercado sobre a trajetória da taxa de juros do Federal Reserve.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,1%, com 501,59 pontos, seu nível mais baixo desde 13 de agosto.
A maioria das bolsas regionais também recuou, com o índice de referência da Alemanha em baixa de 0,2%, enquanto o da França caiu 0,1%.
Ações de tecnologia de forte peso estiveram entre os principais setores em declínio, com queda de 1%, enquanto o de automotivos perdeu 1%.
As ações do setor imobiliário, que são mais sensíveis aos juros, foram as que mais pressionaram o índice, com baixa de 1,4%.
As ações de energia, no entanto, avançaram 1,3%.
A leitura da inflação de outubro nos EUA mostrou que os preços ao consumidor aumentaram 0,2% em outubro, ficando em linha com as expectativas.
Atualmente, os operadores veem uma chance de 79% de o Federal Reserve cortar os juros em 25 pontos-base em dezembro, em comparação com uma chance de mais de 84% observada há um mês, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
As ações europeias têm estado sob pressão recentemente, conforme investidores avaliaram a probabilidade de aumento das tarifas após a ampla vitória de Trump na semana passada.
"Agora que Trump ganhou, voltamos a nos concentrar no que está acontecendo na economia. Os dados do índice de preços ao consumidor dos EUA não ofereceram nenhum catalisador real ou mudança na retórica do mercado", disse Daniela Hathorn, analista sênior de mercado da Capital.com.