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Operação mira envolvidos na máfia das cantinas que atua em presídios do RJ

19.jan.2016 - Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), na manhã desta terça-feira (17) - Rodrigo Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo
19.jan.2016 - Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), na manhã desta terça-feira (17) Imagem: Rodrigo Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo
do UOL

Do UOL, São Paulo

12/11/2024 09h24

O Ministério Público do Rio de Janeiro iniciou nesta terça-feira (11) uma operação contra suspeitos ligados à máfia das cantinas de presídios do estado.

O que aconteceu

O esquema mantinha um cartel para controlar o serviço de cantinas. Segundo o MP, a máfia, estruturada dentro da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), atua desde 2019 e já faturou mais de R$ 25 milhões de prejuízo ao governo.

Ao menos 30 empresas, advogados e agentes da Seap estariam envolvidos. Para os promotores, a quadrilha mantinha uma prática que prejudicava tanto o Estado quanto internos do sistema prisional com os altos preços dos produtos vendidos.

Após a decisão da secretaria de encerrar o serviço, o grupo utilizou o nome de pessoas presas para abrir ações contra o Estado. Ainda segundo a promotoria, o objetivo das ações judiciais era induzir a Justiça ao erro, como se os presos estivessem demandando pela reabertura das cantinas.

A investigação começou a partir de um relatório da subsecretaria de Inteligência do Sistema Penitenciário. Estão sendo cumpridos quadro mandados de busca e apreensão contra investigados nos bairros de Copacabana, Barra da Tijuca, Sepetiba e Bangu por organização criminosa, cartel e fraude à licitação relacionadas à permissão de funcionamento de cantinas nos presídios.

O que diz a Seap

Em nota, a Secretaria disse que monitorou nos últimos anos a atividade das empresas e enviou ao MP. ''Exploravam há décadas o serviço das cantinas no sistema prisional fluminense de forma precária e sem licitação'', afirmou.

A Seap também alegou que tentou licitar o serviço por duas vezes. No entanto, ''a medida atacava frontalmente os interesses das empresas envolvidas'', que decidiram judicializar o processo e derrubaram as licitações em ambas as ocasiões.

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