Medvedev diz que Europa está tentando aumentar conflito na Ucrânia após vitória de Trump
MOSCOU (Reuters) - O ex-presidente russo Dmitry Medvedev acusou os líderes europeus nesta terça-feira de tentar escalar perigosamente o conflito na Ucrânia após a vitória eleitoral do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Medvedev, um oficial sênior de segurança, escreveu no Telegram que os políticos europeus estavam tentando "empurrar o conflito com a Rússia para uma fase irreversível" enquanto podiam e fez um alerta contra a permissão de Kiev de usar mísseis ocidentais de longo alcance para disparar contra alvos dentro da Rússia.
Medvedev rejeitou o que ele chamou de "ultimatos" emitidos pelo líder da oposição alemã e possível próximo chanceler Friedrich Merz sobre o uso de tais armas pela Ucrânia como "de natureza eleitoral".
"Está claro que esses mísseis não são capazes de mudar nada significativamente no curso das operações militares", disse ele.
O presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reafirmaram seu apoio a Kiev durante conversas em Paris na segunda-feira, enquanto o ministro das Relações Exteriores da França pediu aos aliados da Ucrânia que não prevejam como Trump lidará com o conflito.
"De modo geral, é surpreendente até que ponto a atual geração de políticos europeus quer arrastar a guerra para seu território", afirmou Medvedev.
Medvedev disse anteriormente que a vitória de Trump provavelmente seria uma má notícia para a Ucrânia. Trump, um republicano, criticou repetidamente a escala da ajuda ocidental a Kiev e prometeu encerrar o conflito rapidamente, sem explicar como.
O Kremlin descartou na segunda-feira os relatos de que Trump havia conversado com o presidente russo Vladimir Putin nos últimos dias como "pura ficção".
(Reportagem da Reuters)