Ajuda a Gaza: EUA afirma que Israel não viola lei americana
O governo dos Estados Unidos afirmou nesta terça-feira (12) que Israel não estava violando a lei americana em relação ao volume de ajuda que chega à Faixa de Gaza, mas pediu avanços, um mês após ameaçar retirar apoio militar.
"Não avaliamos que eles estejam violando a lei americana", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, na véspera do fim do prazo de 30 dias determinado em uma carta em que Washington pediu um aumento do volume da assistência humanitária que entra no território palestino.
"A situação humanitária geral na Faixa de Gaza continua sendo insatisfatória. Mas, no contexto da carta, não se trata de encontrarmos algo satisfatório ou não, e sim de que ações estamos vendo", declarou Patel. "Acreditamos que essas ações que verificamos sejam passos na direção correta."
Os secretários americanos de Estado e Defesa enviaram no mês passado uma carta a Israel expressando preocupação com a situação humanitária na Faixa de Gaza e estabelecendo o prazo de 13 de novembro para o cumprimento da lei americana no que se refere à autorização de ajuda humanitária.
"Queremos ver mais passos. Queremos que essas medidas se mantenham por um período significativo e, em última instância, queremos que essas medidas tenham resultado", ressaltou o porta-voz.
Israel não cumpre uma série de parâmetros estabelecidos explicitamente na carta americana, entre eles o de permitir diariamente o acesso de pelo menos 350 caminhões de ajuda. Mas, segundo Patel, os Estados Unidos apreciam "certos avanços" na autorização de entrada de assistência, incluindo a abertura de novas passagens.
"Após transcorrido esse período de 30 dias, estaremos avaliando constantemente. Se não observarmos um progresso constante, resultados em campo, certamente faremos balanços apropriados sobre o cumprimento do direito internacional", indicou o porta-voz.
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