Rússia e Ucrânia lançam maiores ataques de drones desde início do conflito
Rússia e Ucrânia lançaram na madrugada deste domingo (10) os maiores ataques de drones em mais de dois anos e meio de conflito, denunciaram os dois países.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter derrubado 34 drones ucranianos que tinham como alvo a região de Moscou, o maior ataque à capital russa desde o início do conflito em fevereiro de 2022. De acordo com a mesma fonte, outros 36 drones foram abatidos em duas regiões que fazem fronteira com Moscou e três outras regiões fronteiriças ucranianas.
O ataque, que forçou o fechamento temporário de três aeroportos de Moscou, feriu uma mulher de 52 anos e incendiou duas casas na localidade de Ramenskoye, segundo as autoridades. Há quatro dias, Moscou lançou um ataque maciço de drones contra a capital ucraniana, que tem sido alvo de ataques quase diários no último mês.
Horas depois, a Ucrânia registrou um novo ataque "recorde" de 145 drones russos ao território, segundo o presidente ucraniano Volodimir Zelensky no X.
A Força Aérea ucraniana disse em um comunicado que, às 07h30 locais (04h30 em Brasília), 62 dos 145 drones russos foram neutralizados em 13 regiões do país. Até o momento, as autoridades de Kiev não relataram vítimas ou danos nem reivindicaram a responsabilidade pelos ataques contra Moscou.
A Ucrânia afirma que os ataques, que geralmente têm como alvo instalações energéticas, são uma resposta aos intensos bombardeios russos em seu território desde o início da ofensiva lançada pelo presidente russo Vladimir Putin em fevereiro de 2022.
Enquanto a guerra continua, o Kremlin declarou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deu "sinais positivos" sobre a resolução do conflito entre Rússia e Ucrânia.
"Os sinais são positivos. Trump, durante sua campanha eleitoral, disse que vê tudo isso [o conflito na Ucrânia] por meio de acordos. E que ele pode chegar a um acordo que levará à paz", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, em entrevista à imprensa estatal.
Trump só assumirá o cargo em janeiro e, até o momento, o conflito não mostra sinais de abrandamento.