Bolsas da Europa fecham em queda após decepção com estímulos anunciados pela China
As bolsas da Europa fecharam em queda, pressionadas pelos setores de mineração e luxo após as medidas de suporte à economia anunciadas pelo governo chinês decepcionarem o mercado. Investidores também seguiram acompanhando os desdobramentos da crise política na Alemanha.
O FTSE 100, de Londres, recuou 0,84%, aos 8.072,39 pontos. Na semana, caiu 1,28%. O CAC 40, de Paris, cedeu 1,17%, encerrando em 7.338,67 pontos. Na semana, caiu 0,95%. O DAX, referência em Frankfurt, teve perdas de 0,81%, a 19.204,91 pontos. Na semana, caiu 0,26%. As cotações são preliminares.
O anúncio de um plano considerado pelos analistas modesto de estímulos pelo governo chinês, principalmente após a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos EUA, pressionou as bolsas europeias hoje. Kathleen Brooks, da XTB, diz que o mercado se decepcionou porque as medidas de estímulo, provavelmente, não estimularão o crescimento da segunda economia do mundo.
Entre os setores mais impactados, destaque para as mineradoras, em dia de queda de 1,65% do minério de ferro em Cingapura, e para o segmento de bens de luxo, que tem na China um dos seus maiores mercados. A trading Glencore recuou 4,96% e Rio Tinto cedeu 4,90%, enquanto, no setor de luxo, a LVMH e Hermès caíram 3,33% e 4,13%, respectivamente.
Nessa linha, a Richemont teve baixa de 6,61% após divulgar queda anual de 1% nas vendas do trimestre até o fim de setembro, em meio à fraqueza da demanda no mercado chinês. Já entre as altas do dia EDP subiu 3,60% em Lisboa, se recuperando de parte das perdas de ontem, e fez a bolsa portuguesa se descolar de pares.
Em outras bolsas, o Ibex 35, de Madri, caiu 0,16%, para os 11.551,60 pontos. Na semana, caiu 2,35%. O FTSE MIB, de Milão, fechou em queda de 0,48%, a 33.816,58 pontos. Na semana, caiu 2,48%. Já o PSI 20, de Lisboa, subiu 0,61%, aos 6.387,74 pontos. Na semana, caiu 3,14%. As cotações são preliminares.
*Com informações da Dow Jones Newswires