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Mentor do atentado de 11 de setembro pode se livrar da pena de morte

Foto obtida em 1º de março de 2003 mostra Khalid Sheikh Mohammed, suposto organizador dos ataques de 11 de setembro de 2001, logo após sua captura - HANDOUT/AFP
Foto obtida em 1º de março de 2003 mostra Khalid Sheikh Mohammed, suposto organizador dos ataques de 11 de setembro de 2001, logo após sua captura Imagem: HANDOUT/AFP

07/11/2024 09h18

Um juiz militar dos Estados Unidos restabeleceu acordos de confissão de culpa com o mentor do 11 de Setembro, Khalid Sheikh Mohammed, e dois outros réus, disse uma fonte de alto escalão nesta quinta-feira (7), três meses depois de o secretário de Defesa, Lloyd Austin, ter descartado os pactos.

O acordo, que supostamente elimina a possibilidade da pena de morte, provocou indignação entre alguns familiares das vítimas dos ataques de 2001, e Austin afirmou que eles e a população americana mereciam ver os réus serem julgados.

"Posso confirmar que o juiz militar decidiu que os acordos prévios ao julgamento para os três réus são válidos e executáveis", disse o funcionário americano à AFP sob a condição de anonimato.

A Promotoria pode recorrer da decisão, mas não ficou imediatamente claro se o fará.

Os acordos de confissão de culpa com Mohammed e dois supostos cúmplices foram anunciados no final de julho, em uma medida que parecia ter levado os seus casos a uma resolução, depois de anos presos em manobras pré-julgamento enquanto os réus permaneciam detidos na base militar dos EUA em Guantánamo, no território de Cuba.

No entanto, Austin voltou atrás dois dias depois do anúncio, dizendo que a decisão deveria caber a ele devido à sua importância.

Mais tarde, disse aos repórteres que "as famílias das vítimas, nossos membros do serviço e o público americano merecem a oportunidade de ver os julgamentos da comissão militar conduzidos neste caso".

Grande parte das disputas judiciais em torno dos casos destes homens centrou-se em saber se eles poderiam ter um julgamento justo depois de terem sofrido torturas nas mãos da CIA nos anos após o 11 de Setembro, uma questão espinhosa que os acordos de confissão de culpa teriam evitado.

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