Alcoa suspende embarques de bauxita da mina de Juruti por problema portuário
Por Julian Luk
LONDRES (Reuters) - A fabricante norte-americana de alumínio Alcoa informou na quinta-feira que interrompeu os embarques de bauxita do porto de Juruti, no Pará, devido a um navio encalhado na hidrovia.
Essa foi a mais recente de uma série de interrupções que atingiram a cadeia de suprimento de matéria-prima do alumínio, o que elevou os preços da alumina a patamares recordes e sustentou os preços do alumínio.
A Alcoa declarou força maior na mina de bauxita na região de Juruti na quarta-feira, já que uma hidrovia inacessível prejudicou a capacidade da empresa de abastecer seus clientes, disse um porta-voz da Alcoa em declaração enviada por e-mail à Reuters.
A declaração não forneceu nenhuma estimativa de quando os embarques seriam retomados.
Uma fonte comercial disse que o navio está encalhado perto do porto de Juruti desde o final de outubro e que a bauxita não está sendo transportada há quase 10 dias.
A área de Juruti possui um dos maiores depósitos de bauxita de alto grau do mundo, que normalmente é triturada e refinada em alumina. A alumina é a principal matéria-prima para a fabricação de alumínio primário.
Os preços de referência de três meses do alumínio na Bolsa de Metais de Londres subiram para uma máxima de cinco meses de 2.732 dólares por tonelada na quinta-feira.
Os preços da alumina subiram no mês passado após interrupções nos embarques na Guiné e na Austrália. O contrato de alumina mais negociado para vencimento em janeiro na Bolsa de Futuros de Xangai (ShFE) subiu 25% desde o início de outubro, para 5.279 iuanes por tonelada.
(Reportagem de Julian Luk)