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Ela largou emprego de 7 anos para fazer story dos outros e ganha 5x mais

Beatriz trocou o trabalho como CLT e hoje atua como storymaker - Arquivo Pessoal/ Beatriz Mendes
Beatriz trocou o trabalho como CLT e hoje atua como storymaker Imagem: Arquivo Pessoal/ Beatriz Mendes
do UOL

Daniele Dutra

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

06/11/2024 05h30

O que começou como um trabalho voluntário na igreja acabou virando uma nova profissão para Beatriz Mendes, 29, moradora de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Formada em Recursos Humanos, ela trabalhou por sete anos na mesma empresa, ganhava um salário mínimo e trocou o CLT para trabalhar como storymaker. Pelo celular, ela faz a cobertura de aniversários, casamentos e eventos e consegue ganhar de três a cinco vezes mais.

Beatriz sempre gostou de fazer vídeos e começou despretensiosamente. "Conheci essa profissão por uma pessoa da minha igreja durante a pandemia. Foi então que comecei: criei um canal no YouTube, o Instagram para igreja e passei a fazer esses vídeos. A partir daí, as pessoas foram me chamando para fazer alguns trabalhinhos e no início eu nem cobrava, fazia mais para ter experiência".

A chave para enxergar nos stories uma profissão virou quando ela foi contratada para fazer os vídeos de um casamento. Ela diz que se identificou com a profissão.

Lembro que cobrei um valor bem baixo mesmo, e foi daí que tudo começou. Descobri que gostava dessa área e outros trabalhos foram aparecendo, outras pessoas passaram a me chamar, então comecei a estudar sobre o assunto, repensar os valores, melhorar minha apresentação e a estrutura, Beatriz Mendes ao UOL.

Beatriz explica que um dos pacotes de storymaker custa por volta de R$ 1.500,00. "Acredito que as pessoas têm buscado esse serviço pela rapidez, já que o resultado é praticamente instantâneo. É algo que está sendo valorizado por grandes marcas e grandes eventos."

Do CLT para os stories

Apesar de ter começado a fazer os vídeos sem compromisso para a igreja que frequentava, Beatriz percebeu há dois anos que conseguiria viver do que realmente amava fazer, com a possibilidade de ser muito mais rentável. Feliz com a troca do CLT para trabalhar com stories, ela conta que o trabalho possibilitou liberdade financeira e horários flexíveis.

Foi bem desafiador no início, mas depois fui me encontrando. Hoje trabalho com o meu telefone, tenho liberdade, me sinto muito melhor de quando estava no CLT e ganho de três a cinco vezes mais do que no meu outro emprego. Ainda quero crescer muito na minha área, mas sou feliz com tudo que construí até aqui

Stories em tempo real

Além do celular, Beatriz usa outros equipamentos que ajudam na entrega de um melhor resultado, como o microfone de lapela para captar o som e luz de led.

A storymaker chega cedo para gravar o local do evento ainda vazio e capturar todos os detalhes, desde a decoração até a organização. Ela acompanha os bastidores e até o último momento do evento e posta tudo em tempo real no perfil do cliente, fazendo com que os seguidores se sintam parte da comemoração, mesmo que à distância.

"Faço um planejamento do que vai ser postado no evento assim que o cliente contrata o serviço. Não é algo aleatório, é feito um cronograma de conteúdos para ser postado no dia. Depois do evento também entrego um vídeo resumo de tudo o que aconteceu".

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