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Nunes diz que MDB não tem que apoiar Lula em 2026 e ataca 'esquerda caviar'

O prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) - Reprodução/Globoplay
O prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) Imagem: Reprodução/Globoplay
do UOL

Nathália Moreira

Do UOL, em São Paulo

05/11/2024 14h18Atualizada em 05/11/2024 14h36

O prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MBD), afirmou, em entrevista ao jornal O Globo publicada hoje (5), que não vai apoiar o presidente Lula (PT) em 2026, embora o seu partido componha a base do governo federal. Disse também que, se Jair Bolsonaro (PL) estiver inelegível, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é a melhor opção.

"Eu acho que [Tarcísio] é um bom nome. Ele não quer de jeito nenhum, mas é um cara muito preparado. Evidentemente, a prioridade é do presidente Jair Bolsonaro, que representa a direita em nível nacional. Se por acaso ele se mantiver inelegível, aí com certeza acho que o Tarcísio vai acabar sendo chamado para essa função, sem nenhum demérito ao Ratinho [Júnior), ao [Ronaldo] Caiado", declarou Nunes.

"Esquerda caviar"

O prefeito de São Paulo disse que o MDB não deveria apoiar a reeleição de Lula em 2026 e criticou a esquerda.

Eu, como prefeito de São Paulo, na experiência da minha eleição, não tem o menor sentido defender que o meu partido apoie o governo Lula. A minha posição é de apoiar quem me apoiou.

A minha posição é que a gente escute a voz das urnas. A população não está mais nessa história de esquerda, ainda mais a esquerda caviar, que fala, fala e não faz nada.
Prefeito Ricardo Nunes, em entrevista a O Globo

Afirmou também que, pela quantidade de votos que obteve em São Paulo, se cacifou a ter uma voz mais forte no MDB.

Naturalmente. Todo partido vai demonstrando a força das suas lideranças pelo voto. Quem manda na política é quem tem voto. Quem não tem voto, passa vontade.

"Boulos é a esquerda podre"

Questionado se o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), seu adversário no segundo turno da eleição municipal, seria da "esquerda caviar", Nunes o criticou.

Não, esse aí é a esquerda podre. A população quer prosperar, ser atendida, ter uma gestão responsável, ter responsabilidade fiscal. Eu, como prefeito de São Paulo, na experiência da minha eleição, não tem o menor sentido defender que o meu partido apoie o governo Lula. A minha posição é de apoiar quem me apoiou.

Crítica ao posicionamento de Bolsonaro

O atual prefeito afirma que não gostou do posicionamento do Bolsonaro nas eleições, quando o ex-presidente afirmou que Nunes não era o candidato ideal. Contudo, mencionou que teve o apoio de Bolsonaro e da ex-primeira dama Michele Bolsonaro e que os dois criticaram Pablo Marçal (PRTB).

Se eu falar que eu achei bacana ele falar que eu não era o candidato ideal, eu não gostei. Não tem como falar que eu gostei. Eu não gostei, lógico. E ele sabe que eu não gostei sem que eu precisasse ter falado pra ele. Teve esses momentos, mas teve os momentos muito importantes que ele falou que o Marçal é uma coisa estragada, ele fez uma live com o coronel Mello, falou "meu candidato é o Ricardo".

A Michele Bolsonaro foi lá na publicação do Marçal, ele tinha fixada uma foto dele com o Bolsonaro no Instagram, aí a Michele escreveu "o nosso candidato é o Ricardo Nunes.

Críticas a Marçal

Nunes afirmou que Marçal tinha uma habilidade muito grande em disseminar informações falsas.

Sim, eu tive a sensação de que ele tinha mais rapidez de implantar as mentiras do que eu tinha para desfazer as mentiras. Porque ele tem uma rede social muito forte.

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