Presidente do Republicanos: 'Vitória de Hugo Motta será no 1º turno'
Após desistir de concorrer à presidência da Câmara, o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) afirmou aos colunistas Carla Araújo e Josias de Souza no UOL Entrevista que o correligionário Hugo Motta (PB) acumula grande aderência entre os partidos e terá uma vitória tranquila, possivelmente em um primeiro turno.
Tenho muita confiança na vitória do Hugo Motta. São necessários 257 votos, de 513, para uma eleição em turno único. Só os apoiamentos que já foram anunciados ao longo da semana passada, [que vão do] PT ao PL, dão indicativos de que essa será uma eleição — e é óbvio que nós estamos com muita humildade, com muita tranquilidade — vitoriosa e com ampla maioria.
O que está sendo feito é muito diálogo com franqueza e transparência entre as lideranças partidárias. Esse primeiro momento da construção da candidatura está sendo feito com os líderes de cada partido, os presidentes desses partidos, além das suas bancadas, para depois, no próximo momento, a gente trabalhar o 'voto a voto' e o 'corpo a corpo'.
Desde que eu, pessoalmente, tomei a decisão de desistir da minha candidatura para lançar e apoiar o nome de Hugo Motta, a gente já tinha essa visão, isso no início de setembro, [de que Motta] teria uma grande aderência. Está se verificando isso, semana passada foi uma semana de consolidação. Não tenho dúvidas de que é uma candidatura com amplo favoritismo.
Marcos Pereira, presidente do Republicanos
Desistência da candidatura
Marcos Pereira desistiu oficialmente de concorrer à presidência da Câmara por meio de uma nota divulgada na noite da última terça-feira (3). No dia seguinte, o republicano afirmou à Folha que Gilberto Kassab, dirigente do PSD, inviabilizou sua candidatura.
Compreendo e respeito a liderança do Kassab, que é meu amigo, não tenho mágoa contra ele. Quando o Kassab, num determinado dia, disse para mim que não tinha condições de me apoiar naquele momento, quando ele disse para o [mesmo para o] governador Tarcísio, quando ele disse para o presidente Lula, eu fiquei sem condições de reunir o bloco no qual meu partido pertence na Câmara.
Então, eu tomei essa decisão, obviamente, conversando com alguns personagens políticos, de trazer o nome do Hugo Motta. Porque eu ouvia, ao longo de um ano e meio, que o Hugo poderia ser um nome de consenso, era muito leve, transitava bem em todos os aspectos políticos. Agora, passada aí uma semana da oficialização do apoio de Lira, o Lula e de diversos partidos, me parece que isso é verdade.
Então, quando o Kassab, como líder maior do PSD, não aceita fazer aquele movimento naquele timing, ele acabou por me 'obrigar' e as condições me obrigaram a fazer um movimento diferente, que foi este que fiz [de desistir de concorrer à presidência].
Marcos Pereira, presidente do Republicanos