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Ataques aéreos israelenses fazem dezenas de vítimas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada

05/11/2024 12h24

Pelo menos 30 pessoas foram mortas em ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza, quando o Exército apertou o cerco nas áreas do norte do enclave e na Cisjordânia ocupada entre a noite de segunda-feira e a manhã de terça-feira (5), de acordo com as autoridades e os meios de comunicação locais. Outras quatro pessoas foram mortas na cidade de Al-Zawayda, no centro da Faixa de Gaza, por volta da meia-noite de segunda-feira, segundo os médicos.

Pelo menos 30 pessoas foram mortas na terça-feira em ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza, segundo a mídia palestina e médicos. Um ataque aéreo danificou duas casas na cidade de Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza, onde o Exército vem realizando novas operações desde 5 de outubro e matou pelo menos 20 pessoas no final da segunda-feira, informou a agência de notícias palestina Wafa e a mídia ligada ao Hamas.

No início do mês passado, o Exército israelense se posicionou em Djabalia, Beit Hanoun e Beit Lahiya, três localidades no norte do enclave palestino, com o objetivo de impedir que o Hamas se reorganizasse.

O Ministério da Saúde de Gaza não confirmou imediatamente esse número de mortos.

Quatro outras pessoas teriam sido mortas na cidade de Al-Zawayda, no centro da Faixa de Gaza, por volta da meia-noite de segunda-feira (4), segundo os médicos. Conforme as autoridades de saúde palestinas, outras seis pessoas também foram mortas em dois ataques aéreos israelenses realizados na Cidade de Gaza e em Deir Al-Balah, no centro do enclave.

Por sua vez, o Exército israelense alegou, sem dar detalhes, que suas forças haviam "eliminado terroristas" no centro da Faixa de Gaza e na região de Djabalia, no norte do enclave. Também foi informado que armas e explosivos foram localizados no último dia em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde "locais de infraestrutura terrorista" foram eliminados.

Aviões israelenses lançaram panfletos sobre Beit Lahiya na terça-feira, ordenando a evacuação da população.

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Mortes na Cisjordânia ocupada

Duas das vítimas foram mortas na localidade de Tammun, disse à AFP Ahmad al-Assad, governador de Tubas, cuja jurisdição inclui Tammum. "Houve um mártir no ataque aéreo, seu corpo ficou em pedaços", disse ele. 

O Ministério da Saúde palestino, que confirmou a morte de duas pessoas e disse que o outro corpo, "cuja identidade não é conhecida até o momento", estava sendo mantido pelo Exército israelense

Ao sul de Jenin, dois outros palestinos foram mortos em um ataque aéreo israelense na cidade de Qabatiyah, de acordo com o governador da região, Kamal Abou al-Rob. "Dois mártires foram mortos após um ataque aéreo das forças israelenses durante uma operação na região de Qabatiyah", declarou à AFP. Abu al-Rob acrescentou que os dois homens tinham 40 e 38 anos e que eram da mesma família. 

O Exército israelense disse que estava verificando informações sobre Tammun, mas não comentou sobre a operação em Qabatiyah. A violência na Cisjordânia, um território ocupado por Israel desde 1967, piorou desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023, após um ataque sem precedentes do Hamas ao sul de Israel.  

Desde então, pelo menos 754 palestinos foram mortos pelo Exército israelense ou por colonos, de acordo com o Ministério da Saúde palestino. 

Pelo menos 24 israelenses, incluindo soldados, morreram em ataques palestinos ou operações militares, de acordo com dados oficiais israelenses. O Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza anunciou nesta terça-feira um novo número de 43.391 mortos no território palestino desde o início da guerra com Israel, há mais de um ano. 

Deslocados doentes na Faixa de Gaza 

Mais de cem pessoas doentes e feridas devem ser evacuadas da Faixa de Gaza na quarta-feira (6), de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que, no entanto, estima que entre 12 mil e 14 mil pacientes precisem ser evacuados. 

"Amanhã, esperamos estar envolvidos em uma grande evacuação médica, envolvendo mais de 100 pacientes", disse Rik Peeperkorn, chefe da OMS nos Territórios Palestinos. 

Eles poderão deixar a Faixa de Gaza na quarta-feira pela passagem israelense Kerem Shalom, antes de voar para os Emirados Árabes Unidos e, para um pequeno número deles, para a Romênia. 

Antes de os israelenses fecharem a passagem de Rafah em 6 de maio de 2024, cerca de 4.700 pacientes foram evacuados de Gaza, com a ajuda da OMS. 

(Com AFP)

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