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Rogério de Andrade tem pedidos negados para revogar prisão e transferência

Rogério de Andrade - André Lobo/UOL
Rogério de Andrade Imagem: André Lobo/UOL
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Do UOL, em São Paulo

04/11/2024 16h41Atualizada em 04/11/2024 17h05

A Justiça do Rio de Janeiro negou dois pedidos para revogar a prisão preventiva do bicheiro Rogério de Andrade e evitar a transferência dele a um presídio federal.

O que aconteceu

Os dois pedidos foram analisados pela desembargadora Elizabete Alves de Aguiar e as decisões foram publicadas nesta segunda-feira (4). Na avaliação da magistrada, não há circunstâncias que levem à "extrema excepcionalidade" para justificar o atendimento aos pedidos.

Advogado alega que Andrade está "submetido a constrangimento ilegal". No pedido para revogação da prisão, o defensor Raphael Ferreira de Mattos cita três argumentos: inexistência dos requisitos da prisão preventiva; ausência de fundamentação idônea na decisão; e ausência de fatos novos que justifiquem a determinação. A defesa também destacou a decisão do STF, de 2022, favorável ao bicheiro.

A defesa também não vê requisitos para a transferência de Rogério de Andrade a um presídio federal. Atualmente, ele está Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Para a desembargadora, os pedidos devem ser levados ao colegiado da 8ª Câmara Criminal. O UOL tenta contato com o advogado sobre as decisões da desembargadora. Se houver resposta, o texto será atualizado.

Prisão

O bicheiro Rogério de Andrade foi preso no último dia 29 no Rio de Janeiro. Denúncia do Ministério Público afirma que Andrade é mandante do assassinato de Fernando de Miranda Iggnacio. Iggnacio foi morto em 2020 em um heliponto no Recreio dos Bandeirantes.

Bicheiro foi preso em casa, em um condomínio na Barra da Tijuca, área nobre da capital. A operação também prendeu Gilmar Eneas Lisboa. Segundo o MP, Lisboa foi o responsável pelo monitoramento da vítima, auxiliando Andrade no crime.

Os dois foram denunciados pelo homicídio qualificado de Iggnácio. Esta não é a primeira denúncia feita pelo MP contra o bicheiro, que teve ação penal trancada pelo Supremo Tribunal Federal em 2022 por "falta de provas que demonstrem seu envolvimento com o crime".

Iggnácio e Rogério eram, respectivamente, genro e sobrinho do bicheiro Castor de Andrade. Castor morreu em 1997 e, desde então, a violência na disputa pelo jogo do bicho no Rio de Janeiro escalou.

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