Petróleo sobe impulsionado por Opep+ e perspectiva de ataque iraniano
Os preços do petróleo voltaram a subir, nesta segunda-feira (4), depois que a aliança Opep+ adiou o aumento de sua produção, e de ameaças renovadas do Irã contra Israel.
O barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em janeiro, subiu 2,71%, para 75,08 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), referência no mercado americano com vencimento em dezembro, avançou 2,85%, para 71,47 dólares. Este é o quarto aumento consecutivo do WTI.
Para Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, este novo aumento de preços se deve, sobretudo, à decisão da Opep e de seus aliados na Opep+ de adiar por um mês o aumento de produção previsto.
Esta é a segunda redução de produção decidida por este mecanismo, que voltará a produzir progressivamente 2,2 milhões de barris que foram cortados anteriormente. Este processo começará em janeiro.
"Eles sempre deixaram aberta a possibilidade de que, em caso de pressões prolongadas sobre os preços, poderiam adiar o aumento" de produção, lembrou Lipow.
O secretário-geral da Opep, Haitham al-Ghais, se disse otimista nesta segunda sobre a saúde da demanda mundial. "A economia americana está bem", resumiu o diretor à margem da conferência ADIPEC em Abu Dhabi.
"Todo o mundo fala da desaceleração na China, mas a China vai bem", acrescentou.
Para Andy Lipow, "as declarações provenientes do Irã no fim de semana acrescentaram algo ao prêmio de risco geopolítico" do barril de petróleo.
O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, prometeu responder a Israel por suas "ações contra o Irã e o eixo da resistência", os grupos pró-iranianos na região. O dirigente se referia aos ataques israelenses de 26 de outubro contra lugares militares no Irã.
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