Irã executa judeu iraniano condenado por homicídio
O Irã executou nesta segunda-feira (4) um membro da comunidade judaica do país que havia sido condenado por homicídio, informou uma ONG.
Arvin Ghahremani foi enforcado em uma prisão na cidade de Kermanshah, oeste do Irã, após ser declarado culpado de homicídio durante uma briga de rua, informou o Grupo Iraniano de Direitos Humanos (IHR), que tem sede na Noruega.
"Em meio a ameaças de guerra a Israel, a República Islâmica executou Arvin Ghahremani, um cidadão judeu iraniano", disse o diretor do IHR, Mahmood Amiry-Moghaddam, explicando que o processo judicial continha "grandes falhas".
"Arvin era judeu e o antissemitismo institucionalizado na República Islâmica desempenhou, sem dúvida, um papel crucial na execução da sua sentença", segundo a organização.
Ghahremani foi acusado de matar um homem em uma briga de rua há dois anos. Sua família afirma que ele estava se defendendo de um ataque com faca e que sua mãe pediu perdão.
Seus parentes também pediram à família da vítima que aceitasse a indenização financeira prevista na lei iraniana, as chamadas 'qisas'. Mas segundo o site do judiciário iraniano, Mizan, que confirmou a execução, o acordo foi recusado.
A comunidade judaica no Irã, um país dominado pelo islamismo xiita, é estimada em cerca de 20 mil pessoas.
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