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Dez datas importantes na luta contra a mudança climática

04/11/2024 09h55

Este é um resumo de 10 datas importantes na luta contra o aquecimento global, a uma semana do início da COP29 em Baku. 

1988: criação de um organismo-chave da ONU

Em 1988, a ONU, alertada pelos cientistas sobre o aquecimento da superfície da Terra, cria o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) para pesquisar o fenômeno. 

Dois anos depois, o painel informa que os gases de efeito estufa gerados pela atividade humana estão aumentando e podem intensificar o aquecimento planetário. 

Em uma série de estudos, acumulam-se provas de que as atividades humanas, como a combustão do carvão, petróleo e gás, o desmatamento de florestas tropicais e as práticas agrícolas destrutivas estão aquecendo a superfície da Terra, o que provoca perturbações em seu clima. 

1992: Cúpula da Terra

Uma "Cúpula da Terra" no Rio de Janeiro em 1992 cria a Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CMNUCC), com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. 

Desde 1995, as chamadas "Conferência das Partes", ou COP, se reuniram para perseguir esse difícil objetivo. 

1997: Protocolo de Quioto

A comunidade internacional concorda em 1997 em Quioto (Japão) a se dar um prazo entre 2008 e 2012 para que os países industrializados reduzam suas emissões de gases de efeito estufa em uma média de 5,2% em relação aos níveis de 1990. 

Os países em desenvolvimento, incluindo China, Índia e Brasil, não são obrigados a assumir metas obrigatórias.

Em 2001, contudo, os Estados Unidos, naquele momento o maior emissor de carbono do mundo, se nega a ratificar o protocolo, que entra em vigor em 2005. 

2007: Prêmio Nobel

O IPCC informa em 2007 que as provas do aquecimento global são "inequívocas" e que, provavelmente, os fenômenos climáticos extremos se multiplicarão.

Em outubro de 2007, o painel da ONU compartilha o Prêmio Nobel da Paz com o ex-vice-presidente americano Al Gore por seus esforços em alertar sobre a mudança climática. 

2009: colapso de Copenhague

Os participantes da COP15 em Copenhague não chegam a um acordo para o período posterior a 2012. 

Dezenas de grandes emissores, incluindo China e EUA, anunciam um objetivo de limitar o aumento da temperatura global a 2ºC acima dos níveis pré-industriais, mas não especificam como esse objetivo será alcançado. 

2015: Acordo histórico de Paris

Em dezembro de 2015, quase todos os países da comunidade internacional se comprometem a limitar o aquecimento a "muito abaixo" dos 2°C em relação aos níveis pré-industriais. 

Também se adota um limite mais ambicioso de 1,5ºC como objetivo preferencial.

2018: Greta Thunberg

Em 2018, a adolescente sueca Greta Thunberg começa a faltar a escola às sextas-feiras para se sentar em frente ao Parlamento sueco, exigindo ações mais contundentes para combater o aquecimento global. 

Seu protesto, que termina em 2023 após se formar, inspira estudantes de todo o mundo a matar aula todas as sextas para exigirem maiores esforços dos líderes mundiais. 

2022: acordo sobre biodiversidade

Em dezembro de 2022 se alcança um acordo sobre biodiversidade em Montreal (Canadá) para declarar 30% das terras e oceanos do planeta como áreas protegidas em 2030 e pôr fim às extinções de espécies ameaçadas por causa das atividades humanas.

2023: "o começo do fim" dos combustíveis fósseis

A COP28 em Dubai termina com um acordo histórico para avançar no abandono dos combustíveis fósseis. 

2024: o ano mais quente já registrado

O verão de 2024 no hemisfério norte registrou as temperaturas globais mais altas já medidas. 

A temperatura média global em agosto de 2024 na superfície da Terra é de 16,82ºC, segundo o monitor climático Copernicus da UE. 

Isso supera o nível de 1,5ºC acima da média pré-industrial, o nível-chave para limitar os piores efeitos da mudança climática. 

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© Agence France-Presse

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