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OMS denuncia ataque a centro de vacinação contra pólio em Gaza

7.out.2024 - Fumaça é vista na região norte da Faixa de Gaza, após ataque de Israel - Amir Cohen/Reuters
7.out.2024 - Fumaça é vista na região norte da Faixa de Gaza, após ataque de Israel Imagem: Amir Cohen/Reuters

02/11/2024 16h12Atualizada em 02/11/2024 17h27

Um ataque atingiu um centro de vacinação contra a poliomielite no norte da Faixa de Gaza neste sábado (2), apesar das pausas humanitárias concordadas entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas para permitir a imunização de crianças contra a doença.

"O centro de saúde primária de Sheikh Radwan, no norte da Gaza, foi atingido hoje enquanto pais levavam seus filhos para a vacinação que salva vidas", disse no X o secretário-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, sem apontar culpados pela ação.

"Pausas humanitárias haviam sido concordadas para permitir que a vacinação prosseguisse", afirmou Adhanom, acrescentando que seis pessoas, incluindo quatro crianças, ficaram feridas.

"Esse ataque põe em risco a santidade da proteção à saúde das crianças e pode dissuadir os pais de levar seus filhos para a vacinação", declarou.

Nas últimas semanas, Israel tem intensificado seus ataques contra o norte da Faixa de Gaza, onde organizações internacionais alertam para a crescente escassez de comida e itens de primeira necessidade.

A guerra foi deflagrada em 7 de outubro de 2023, após atentados do Hamas que deixaram 1,2 mil mortos em Israel, cujas ações militares no enclave palestinos já fizeram mais de 43 mil vítimas desde então.

Na primeira fase de vacinação contra a poliomielite, encerrada em setembro passado, mais de 560 mil crianças receberam a primeira dose.

O vírus da pólio, que voltou a circular em Gaza depois de 25 anos sem relatos de contágio, é altamente infeccioso e pode ser transmitido através de esgotos e água contaminada. A doença pode causar deformidades, paralisia e levar à morte.

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